Nas eleições de 2020, os partidos políticos não poderão mais fazer coligação proporcionais, com isso, os votos de partidos diferentes não poderão se juntar e assim os partidos poderão concorrer apenas com seus próprios votos. Tais mudanças, ameaçam vereadores que estão em queda com o eleitor e, em Gurupi, alguns vereadores, inclusive alguns que buscam valorizar seu nome na mídia se lançando precocemente como pré-candidato a prefeito, já articulam aumentar o número de vagas para diminuir a concorrência.
por Wesley Silas
Pouco tempo de passar de 09 para 13 vereadores, a partir de 2021 a Câmara de Gurupi poderá ter 15 vereadores. Caso concretize, supostamente, os gurupienses passarão a ser mais representados na Câmara Municipal de Gurupi que recebe mensalmente de repasse o valor de R$ 692.629,13 de duodécimo.
“Me falaram sobre esta questão de aumentar a quantidade de vereadores na Câmara. Particularmente, manifestei o meu voto contrário porque eu acredito que 13 vereadores representam muito bem o Poder Legislativo; mas, eu sou minoria lá. Não tem nada confirmado, mas há uma conversa de vereadores de que só vai encaminhar o projeto se tiver consenso de todos e eu já manifesto contrário. Acredito que já fomos 09, passamos para 13 e é suficiente para representar o Legislativo na nossa cidade. Penso ainda que se for olhar pela ótica eleitoral, do desejo da reeleição pode-se até pensar que seria uma boa este aumento”, disse o vereador Ivanilson Marinho (MDB) ao Portal Atitude.
Mudanças nas regras
Caso o número de vereadores chegue a 15, pela nova regra, cada partido terá que lançar 22 candidatos a vereador em Gurupi, com obrigação de 30% dos candidato ser do sexo feminino, tornando assim um desafio para montar as candidaturas nos partidos.
Nas eleição de 2016 teve quatro coligações com 22 partidos e, caso repita o mesmo número de partidos nas eleições de 2020, o eleitor de Gurupi poderá terá no cardápio 482 nomes na disputa do legislativo municipal.
Porém, em razão da cláusula de barreira, as articulações a nível nacional estão fortes diminuição do número de partidos e já existem previsões de fusões de grandes partidos como PSDB com o DEM e PSD assim como os pequenos como o PHS com o Podemos e incorporação do PPL ao PCdoB.
Dos 35 partidos partidos políticos existentes no Brasil, 14 não alcançaram a cláusula de barreira e com isso, ficaram sem fundo partidário e sem tempo de TV ou rádio. São eles: Rede, Patriota, PHS, DC, PCdoB, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC.
Desafio dos partidos
Por conta da regra anterior, candidatos como Sargento Jenilson (PRTB) que teve 715 votos foi beneficiado na coligação (PRTB, PHS, PTN e PSDB) que elegeu ele o vereador Eduardo Fortes (PSDB) com 821 votos, com ajuda dos votos de candidatos como Joel Matos (PRTB), Dr. Macedo, Raimundo Arruda (PHS) e Cláudio Alex (PRTB). Enquanto concorrentes de outras coligações, como Ronaldo Lira que teve 1.144 votos e Soró (DEM) com 967 votos, Wanda Botelho (PSB) com 924 votos, Silvério Filho (PDT) com 863 votos não conseguiram se eleger.
Contudo, em 2020, com as novas regas, as forças voltadas à identidade partidárias serão desafiadas a terem musculaturas próprias por não terão mais caronas, ou seja, os votos candidatos de outras legendas.