“Liberá-la ou descriminalizá-la não resolve o problema. Pelo contrário, agrava-o ainda mais, na minha percepção”, argumentou a deputada federal Josi Nunes (PMDB/TO) sobre a descriminalização da maconha ao citar a opinião do Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, dada a revista Veja que defendeu o consumo de maconha como um produto lícito e regulado, mas, proibido para menores.
A deputada federal Josi Nunes (PMDB/TO) usou a tribuna durante a sessão extraordinária desta quarta-feira,12, para falar sobre um grande problema enfrentado pela sociedade brasileira; as drogas. “As drogas corrompem todos os segmentos da sociedade. A dependência química é um problema de saúde pública com consequências sociais graves a todos os indivíduos”, pontuou.
A parlamentar comentou sobre o Congresso Amor Exigente realizado recentemente em Palmas, capital do Tocantins. “No último dia 1º, eu tive a honra de participar em Palmas da palestra proferida pelo Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra, durante o Congresso Amor Exigente. Eu quero aqui para parabenizar Magda Valadares pelo trabalho que tem feito no Tocantins no combate às drogas e pela realização do Congresso Amor Exigente. Na ocasião, o Ministro, juntamente com outros voluntários e especialistas, falou sobre a prevenção ao uso de drogas e o apoio e a orientação aos familiares de dependentes químicos, além de campanhas de prevenção ao uso de drogas”, afirmou.
Na oportunidade, Josi falou também, sobre a descriminalização da maconha ressaltando que em 2015 o debate sobre o tema ganhou novos rumos no Brasil, após três dos onze Ministros do Supremo Tribunal Federal votarem a favor da descriminalização do uso e do porte da maconha.
A peemedebista citou ainda, a opinião do Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que em entrevista à Revista Veja desta semana, defendeu a descriminalização da maconha no Brasil.
Na entrevista, o Ministro propõe tratar a maconha como se trata o cigarro, como um produto lícito, altamente regulado, proibido para menores, com restrições à publicidade, argumentando que quando o mesmo tratamento foi dado ao cigarro o percentual da população adulta que fuma nas últimas décadas caiu de 34% a 15%. “Respeito o ponto de vista do Ministro Barroso e entendo que o debate sobre a diferença entre usuário e traficante no Brasil é quase um consenso entre especialistas em segurança pública do país. Mas seria a descriminalização a saída? Alguns estudiosos apontam que os países que liberaram ou descriminalizaram o uso de drogas constataram o aumento nos índices de consumo e também nos da criminalidade”, argumentou a tocantinense.
Para Josi, a maconha é, muitas vezes, a porta de entrada para outras drogas. Descriminalizá-la ou legalizá-la, segundo a parlamentar, pode contribuir com o aumento do consumo dessa droga e consequentemente de outras. “Liberá-la ou descriminalizá-la não resolve o problema. Pelo contrário, agrava-o ainda mais, na minha percepção”, defendeu.
A deputada acredita que a saída continua sendo a prevenção por meio da informação e adiantou que irá abraçar esta bandeira. “Temos plena consciência de que é preciso investir ainda mais no combate às drogas e de que o Poder Público precisa urgentemente de ações que sanem esse problema. É necessário, sobretudo, que se invista na prevenção. Então, eu reforço o meu compromisso como Parlamentar de abraçar essa bandeira. Além de uma reflexão, proponho a este Parlamento e aos nobres colegas que possamos dar mais atenção a esse tema. A informação continua sendo o melhor caminho para prevenir e, assim, amenizar esse grande problema que afeta toda a nossa sociedade”, finalizou.