Por Redação
“O levantamento mostra que Lula, que lidera neste momento as pesquisas de intenção de voto, tem o palanque mais forte de governador em oitos estados. Ou sete. E Bolsonaro tem o apoio do candidato favorito ao governo estadual em dez estados”, aponta Rudolfo Lago.
Nacionalmente, Lula terá o apoio dos seguintes partidos, além do PT: PSB, Solidariedade, Psol, Rede, Avante, PCdoB, Agir e PV. Bolsonaro terá, além do PL, o PP e o Republicanos.
A avaliação do Congresso em Foco foi fundamentada pesquisa encomendada pela TV Record ao Real Time Big Data, divulgada no dia 03, que mostrou no Tocantins que traz no Tocantins, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), aliado do presidente Bolsonaro e tem o ex-ministro Tarciso como candidato ao governo de São Paulo e o ex-prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas (PL), que disputará pelo partido do presidente Bolsonaro, empatados com 24% das intenções de voto cada. Nesta mesma pesquisa ex-deputado federal Paulo Mourão (PT) e o deputado federal Osires Damaso (PSC), com 6%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o código TO-05111/2022.
Palanques favoritos de Lula
Lula tem o apoio da governadora Fátima Bezerra (PT), que lidera a corrida no Rio Grande do Norte. Do governador João Azevedo (PSB), favorito para a reeleição na Paraíba. Da deputada Marília Arraes (Solidariedade), líder em Pernambuco. Do governador Paulo Dantas (MDB), em Alagoas.
Lula tem ainda o apoio do governador Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo. E seu principal trunfo, Fernando Haddad (PT), favorito no maior colégio eleitoral do país, São Paulo. Pode ter também o palanque de Helder Barbalho (MDB) no Pará, embora ali o governador divida-se entre o apoio a Lula e a adesão à candidata do seu partido à Presidência, Simone Tebet.
No Espírito Santo, até esta semana o governador Renato Casagrande resistia a apoiar Lula, e chegou a declarar apoio a Ciro Gomes, do PDT. Mas agora Casagrande já manifestou a adesão ao nome do PT, que é nacionalmente apoiado pelo PSB, partido de seu vice, Geraldo Alckmin, pelo PCdoB, Psol, PV e Rede.
Em Sergipe, o palanque oficial de Lula é o do senador Rogério Carvalho, do PT, candidato a governador. Mas o deputado Fábio Mitidieri, que disputa o governo pelo PSD, também declara apoio a Lula. Pesquisa do Instituto França, divulgada no dia 5 de agosto, aponta Mitidieri como o líder no momento, com 16,69% das intenções de voto.
Palanques favoritos de Bolsonaro
Bolsonaro tem palanques favoritos em um número maior, mas em estados, na maioria, com menor eleitorado. Ele conta com o apoio do governador Gladson Cameli (PP) no Acre. De Jaime Nunes (PSD), no Amapá. De Ronaldo Dimas (PL), no Tocantins. De Capitão Wagner (União Brasil), no Ceará. De Mauro Mendes (União Brasil), no Mato Grosso. Do governador Ibaneis Rocha (MDB), no Distrito Federal. No Paraná, com Ratinho Junior (PSD). Em Santa Catarina, com Carlos Moisés (Republicanos). Seu principal apoio, em termos de tamanho de colégio eleitoral, é no Rio de Janeiro, com o governador Cláudio Castro (PL). No Amazonas, ele tem o apoio de Wilson Lima (União Brasil), que está empatado com Amazonino Mendes (Cidadania).
No caso de Santa Catarina, após a publicação desta matéria, uma fonte do estado comentou que Bolsonaro poderá não ter exatamente um palanque tão forte na tentativa de reeleição de Carlos Moisés. Embora nacionalmente o Republicanos esteja fechado com o presidente, segundo essa fonte, Moisés não estaria disposto a apoiá-lo.
Neutros
Amazonino é um dos nomes que tem se declarado neutro quanto ao apoio aos presidenciáveis. Há outros casos, que podem diminuir caso de fato se consolide a candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS) à Presidência pelo União Brasil. Em caso contrário, favoritos ligados ao União têm se declarado neutros: Sílvio Mendes (Piauí); ACM Neto (Bahia) e Ronaldo Caiado (Goiás). Marquinhos Trad, do PSD, que lidera a corrida no Mato Grosso do Sul, também é considerado neutro.
Outra possibilidade de neutralidade está no líder no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Inicialmente, ele havia declarado apoio a Simone Tebet, a candidata do MDB que é apoiada também pelo PSDB, partido de Leite, pelo Cidadania e o Podemos. Mas, no mês passado, em razão de questões políticas regionais, Eduardo Leite declarara apoio a Luciano Bivar, que não será mais candidato pelo União Brasil. Com a troca por Soraya Thronicke, ele não se manifestou ainda. A direção do MDB computa o Rio Grande do Sul como um dos palanques de Simone Tebet, mas a situação é incerta.
Além da incerteza no Rio Grande do Sul, Simone tem o apoio de Teresa Surita (MDB) no Acre. Pode ter Helder Barbalho (MDB) no Pará.
Ciro Gomes (PDT) tem palanque favorito com Weverton Rocha, no Maranhão.
E Felipe D’Ávila (Novo) pode contar com o favoritismo do governador Romeu Zema, candidato à reeleição.
Em Rondônia, não foi encontrada pesquisa recente. O levantamento feito pela TV Record/Real Time Big Data no estado sofreu contestação judicial.