O protesto promovido pelo movimento Participa Gurupi mostrou na manhã desta terça-feira, 22, que merece ser melhor compreendido pelos representantes dos três poderes. “Eu acho que esses vereadores ainda não entenderam que o povo não está pedindo, mas sim exigindo mais seriedade, não só do Legislativo, mas de todo o poder público, incluindo aí o todo poderoso Judiciário”, comentou um internauta sobre o assunto.
O movimento mostrou que está ganhando força e ecoou em todo Tocantins e serve como reflexão neste momento em que a sociedade vive em conflito com os valores moral, político e social. No primeiro ato, representantes do Movimento Participa Gurupi conseguiram reunir mais de 5 mil assinatura para fazer valer o primeiro Projeto de Lei de iniciativa popular da história da Câmara de Gurupi que visa excluir cartão de abastecimento no valor de R$ 1.500,00, proibição de locação de veículos para os vereadores no valor de R$ 3.900,00 mensal, cada e redução salarial de R$ 7.965,00 para R$ 2.200,00.
A Sessão Ordinária, ela foi marcada com a presença de jovens, idosos, professores, empresários, representantes da ACIG/CDL e ex-simpatizantes de tradicionais grupos que se tornaram desiludidos com a política, mostraram determinados em seguir, mesmo contra os argumentos da Casa que busca convencer que o PL não tem condições de seguir em frente devido as supostas inconstitucionalidade do projeto, conforme defendeu o presidente da Casa, Wendel Gomides (PDT) em entrevista ao Portal Atitude.
“Não existe lei no mundo que diga que vocês (vereadores) não podem reduzir os salários e ficam escondendo atrás desta mentira e desta brincadeira. Fico olhando para vocês que discursam em nome da protelação e não está certo isso. Vocês estão nos tirando a calma e a paciência e não têm o direito disso”, rebateu hoje um dos líderes do movimento, Jaime Xavier.
Durante a leitura da pauta houve várias intervenções do grupo que cobrava a inclusão do PL para apreciação dos vereadores, conforme mostra o vídeo abaixo:
Apesar da pressão do movimento popular, o presidente da Casa publicou no dia 18 de novembro a portaria nº 223/2016 criando uma comissão especial composta por três servidores contratados da Casa para verificação da regularidade eleitoral as mais de 5 mil assinatura dentro do período máximo de 20 dias, o que pode estender a leitura do PL para 2017. Segundo informou um vereador ao Portal Atitude, caso o PL for aprovado em 2017, deverá atender o princípio de anterioridade e por isso não poderá valer para a próxima legislatura, mas para os vereadores que forem eleitos nas eleições de 2020.
Nas redes sociais, o caso fervilhou a opinião pública onde alguns defendiam a manutenção dos salários dos vereadores, enquanto a grande maioria dos internautas condenaram, defendendo a aprovação do PL: