A última edição anual, referente a 2016, da 23ª edição da série Os “Cabeças” do Congresso Nacional, promovida pelo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP aparece os 100 nomes mais influentes do Poder Legislativo Federal. Em face da operação Lava Jato não foram considerados critérios éticos-morais. “O fato de ser influente não significa, necessariamente, que utilize sua influência apenas para o bem”, esclareceu.
por Wesley Silas
Segundo o DIAP os critérios de classificação empregados para identificação deu destaque à característica principal de cada operador-chave do processo legislativo, divididos nas categorias de debatedores, articuladores, organizadores, formuladores, negociadores e formadores de opinião.
Também foi levado em conta o posto que o parlamentar ocupa na estrutura da Casa ou no partido; o reputacional, como é visto por seus colegas e correligionários de partido e região, e o decisional ou como se comporta frente a votações, negociações, articulações, dentre outros.
Lava Jato
Em face das investigações em curso na Operação “Laja-Jato”, da Polícia Federal, e considerando que alguns dos influentes poderão ser denunciados pelo Ministério Público, o DIAP considerou que na definição da lista não são considerados critérios éticos-morais.
“O fato de ser influente não significa, necessariamente, que utilize sua influência apenas para o bem. Deste modo, embora a maioria absoluta seja formada por parlamentares corretos e honestos, verdadeiramente preocupados com o interesse público e que pautam suas atuações por princípios republicanos, há exceções e entre estas existem alguns que não seguem necessariamente esses princípios, a julgar pelas investigações a cargo do Ministério Público”, esclareceu.
A pesquisa aponta que entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso, 62 são deputados e 38 são senadores. Proporcionalmente, o Senado encontra-se hiper-representado.
“Os parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso Nacional têm formação superior, são profissionais liberais, defendem a economia de mercado, exercem algum posto institucional no partido, na estrutura da Câmara ou do Senado, têm mais de um mandato, são oriundos das regiões ricas ou dos estados ricos das regiões pobres, pertencem aos maiores partidos e destacam-se como articuladores e debatedores. Estas conclusões estão detalhadas nas tabelas e análises a seguir.
Partidos
Apesar de fazer parte da oposição, o PT continua como agremiação com o maior número de parlamentares influentes no Congresso, dentre eles estão os senadores Jorge Viana (AC), José Pimentel (CE), Paulo Rocha (PA), Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa (PE). O PMDB, maior bancada do Congresso, partido do presidente da República e do presidente do Senado, é o segundo em número de parlamentares influentes, como nome como os dos senadores Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE), Rose de Freitas (ES), Waldemir Moka (MS), Paulo Rocha (PA) e Marta Suplicy (SP). O terceiro é o PSDB, partido da nova base com grande capacidade de formulação e dentre os nomes tucanos que aparecem estão os senadores Tasso Jeressati (CE), Ricardo Ferraço (ES), Antonio Anastasia (MG), Aécio Neves (MG), Cássio Cunha Lima (PB), Aloysio Nunes Ferreira (SP) e José Anibal (SP).
O levantamento do DIAP aponta que os profissionais liberais predominam na elite do Congresso. Entre os 100 parlamentares mais influentes, pelo menos 45% estão vinculados a uma profissão liberal.
“No universo profissional, os advogados lideram com 21 nomes, seguidos de médicos, com oito, economistas, com sete representantes, e engenheiros, com seis. Empatados, com um representante cada, temos cirurgião dentista, médico veterinário e psicóloga”. Confira AQUI a publicação.