A célebre frase: “ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou” de autoria de Heráclito, um dos mais importantes filósofos pré-socráticos, refletem bem situações que acontecem na política até nos temos pós-modernos, onde as mutações políticas continuam de eleição para eleição e, assim como as águas do Rio Tocantins sobem, descem e mudam o cenário do ambiente, os acontecimentos nos bastidores dos partidos a todo momento pode mudar, onde inimigos de hoje podem ser aliados amanhã.
Depois de anúncios da fusão entre o PTB com o DEM, onde Mauro Carlesse (hoje-PTB) já articula sua ida para o PDT, comandado no Estado pelo ex-deputado Ângelo Agnolin, aliado de Laurez Moreira em Gurupi; outra fusão entre o PPS, comandado pelo deputado Eduardo do Dertins com o PSB do deputado Laurez Moreira já está sendo amadurecida em Brasília para que assim o novo partido tenha a quarta maior bancada na Câmara Federal, atrás apenas do PT, PMDB e PSDB.
“O PSB e o PPS têm uma identidade muito forte. A fusão será programática, devido à semelhança dos programas. Terá também um pouco de pragmatismo porque nos dará uma bancada grande e forte, a quarta da Câmara”, defendeu o presidente do PPS, deputado Roberto Freire em entrevista ao jornal Estadão.
O fato que política e no poder, como defendeu Heráclito, “tudo flui” e tudo está em movimento, e as decisões de Brasília afetam diretamente vários Estados, como exemplo o Tocantins que tem nos dois partidos nomes com comportamentos diferentes, são eles Eduardo do Dertins (PPS) considerado como um dos articuladores para o lançamento de uma candidatura na oposição do presidente do PSB no Estado, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira.
Caso concretize a fusão, é esperar para ver quem irá dirigir a nova sigla no Tocantins, Laurez ou Dertins e ainda tem no meio do caminho o PEN e o PHS que deverá compor o acordo de Brasília.