A partir de 2019, Gurupi e região sul não terão nenhum representante na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa terá apenas o deputado Eduardo do Dertins (PPS). Gutierres Torquato (PSDB) teve 13.874 votos e Gleydson Nato (PHS) 9.645 votos e ficaram entre os 24 candidatos mais votados, mas foram traídos pelo quociente eleitoral e se tornarão a partir de 2019 primeiros suplentes das suas coligações. Na disputa por uma das 08 vagas que o Tocantins tem na Câmara dos Deputados, a deputada Josi Nunes (PROS) ficou na segunda suplência e Eduardo Fortes (PSDB) também ficou na segunda suplência de suas respectivas coligações. Neste cenário, fica claro que o próximo alvo de todos estes nomes deverá ser a Prefeitura de Gurupi em 2020.
por Wesley Silas
No sistema proporcional e pelo chamado quociente eleitoral, nem sempre os candidatos mais votados são eleitos e o número de vagas. Nas eleições do último domingo, quatro candidatos a deputados estaduais do Tocantins foram beneficiados com este sistema em que número de vagas é distribuído entre os mais votados de toda a coligação. Desta vez foram beneficiados a Issam (PV) com seus 9.251 votos; Vanda Monteiro (PSL) com 7.796, Ivory Lira (PPL) com 7.300 votos e Cláudia Lelis (PV) com 6.746 votos.
“Infelizmente, o sistema político do Brasil é falido e arcaico onde quem tem pouco mais de 6 mil votos ocupa um mandato na Assembleia Legislativa, enquanto nós que tivemos quase 14 mil votos ocupamos a primeira suplência”, declarou Gutierres Torquato em mensagem de agradecimento pelos votos recebidos. “O sonho não acabou, ele está iniciando. Eu não vou medir esforços e força para que possamos construir um novo caminho para o estado do Tocantins”, disse.
Além de Torquato, os candidatos Marcus Marcelo (PR), mesmo tendo alcançado 13.616, votos não conseguiu de eleger, Filipe Martins 13.137 também perdeu a vaga e Gleydson Nato (PHS) que apesar de ter ficado na 24ª posição também não conseguiu e ficou na primeira suplência da sua coligação.
No ano passado foi aprovada a Emenda Constitucional 97. Ela proíbe a formação de alianças para os cargos de deputado e vereador a partir de 2020. Segundo o TSE, pela nova regra “um candidato precisa ter um número de votos igual ou maior que 10% do quociente eleitoral (que é a quantidade de votos válidos dividida pelo número de vagas em cada estado) para ser considerado eleito ao Parlamento”.
Em mensagem aos eleitores, Nato evitou falar sobre quociente eleitoral, mas aproveitou para agradecer os 6.736 votos que teve em Gurupi, na soma foram 94 a mais do que o segundo lugar, Gutierres Torquato. “Mesmo não tendo sido eleito, saímos com a maior votação de um deputado estadual aqui na nossa cidade […] E tenham a certeza de que cada cidadão gurupiense que confiou o seu voto este voto foi por amor e por ter a certeza de que Gurupi seria muito mais desenvolvida”, disse Nato.
A exemplo do que aconteceu com Walter Júnior (MDB) nas eleições de 2014, desta vez a surpresa das urnas em Gurupi foram os números que o novado candidato a deputado Federal, Eduardo Fortes (PSDB) recebeu dos gurupiense, conseguindo 11.566 votos, enquanto a deputada federal Josi Nunes (PROS) de família tradicional na política desde quando Gurupi fazia parte do então norte de Goiás, conseguiu 6.102 votos dos gurupienses. Eduardo Fortes teve apoio do grupo de Oswaldo Stival (PSDB) e teve apenas 774 votos menos que o candidato ao governo Carlos Amastha (PSB).
“Foram quase 15.000,00 mil votos! Valeu Gurupi! Valeu sul tocantinense, mostramos a nossa força! Saímos Fortalecidos e Respeitados! A notícia boa: fiquei de suplente! Posso assumir a qualquer momento caso haja vacância. Temos coisa boa pela frente”, disse Eduardo Fortes.
De olho na Prefeitura de Gurupi…
Tudo indica que a Prefeitura de Gurupi será o próximo alvo para os candidatos que tiveram sucessos nas urnas em Gurupi, mas não foram eleitos. Todos eles fazem parte de grupos diferentes, a exemplo de Gleydson Nato (PHS) ligado ao governador Mauro Carlesse (PHS), Gutierres Torquanto (PSDB) que promete ser o nome que o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSDB) deverá trabalhar para sucedê-lo, a deputada Josi Nunes (PROS) com seu grupo que hoje faz parte da base aliada do governo Carlesse e Eduardo Fortes (PSDB), juntamente com Oswaldo Stival (PSDB) que nestas eleições cresceram seus nomes depois de visitar, praticamente, todos os eleitores de Gurupi.