Por Redação
O IBGE continua sua série de divulgações e, desta vez, os dados sobre favelas e comunidades urbanas do levantamento foram informados. De acordo com o Censo 2022, 42.322 pessoas viviam nestes locais durante o levantamento, sendo seis municípios contendo 39 localidades do tipo. Em domicílio nestes locais, chegou-se ao montante de 16.811 deles.
por Redação
No ranking nacional, o estado foi classificado como a terceira Unidade da Federação (UF) com menor número de pessoas e locais desta categoria, ficando na frente apenas de Roraima e Mato Grosso do Sul. A soma do país nestas variáveis foi de 16,3 milhões de habitantes, divididos em 12.348 localidades.
Palmas é o município com maior quantitativo de favelas e comunidades urbanas e, também, de população. São 22 locais com 29.944 pessoas vivendo neles. Em seguida, Araguaína tem 9.680 habitantes vivendo em 12 deles; Gurupi possui 1.152 tocantinenses morando em dois locais e Xambioá, Pedro Afonso e Goiatins têm uma favela ou comunidade urbana em cada, tendo as populações de 664, 600 e 282 pessoas, respectivamente.
O IBGE pesquisa as Favelas e Comunidades Urbanas desde 1950 e vem aprimorando a abordagem deste tema nos censos demográficos. Há uma dificuldade inerente para dimensionar esses territórios que são muito dinâmicos e, em grade parte, não têm limites oficialmente estabelecidos ou domicílios cadastrados.
*Palmas possui sete das oito maiores favelas ou comunidades urbanas do estado*
Conforme divulgado, a localidade da capital nomeada ‘Taquari T-20_21_22_23_30_31_32_33_41_42_43’ teve a população de 10.889 pessoas no Censo 2022, sendo a maior do Tocantins. As outras duas de maior número de habitantes foram ‘Irmã Dulce’, em Palmas, com 3.884 pessoas e ‘Monte Sinai’, em Araguaína, que teve 3.439 pessoas contadas.
Outras que registraram população maior que mil pessoas foram todas da capital tocantinense. ‘Lago Norte’ (2.541); ‘Jardim Taquari T34 e T24’ (1.603); ‘Loteamento Machado’ (1.537); ‘União Sul’ (1.504) e ‘Jardim Taquari T-33 (1.097).
As de menor população foram ‘Garavelo’, em Araguaína, com 180 pessoas, ‘Irmã Dulce 2ª etapa’, que teve 136 habitantes e ‘Taquaralto 4ª etapa (Bela Vista APM-A)’, que possuiu 79 na ocasião.
*Pessoas pardas são mais da metade dos habitantes de favelas ou comunidades urbanas no Tocantins*
Em relação à cor da população nos locais divulgados, 26.941 pessoas que se autodeclararam pardas vivem nestas localidades. Na sequência, vieram habitantes brancos, com 8.436, e pretos, com 6.678 deles. Amarelos (179) e indígenas (88) completam o montante.
O sexo dos tocantinenses em favelas ou comunidades urbanas no estado também foi investigado. O resultado obtido foi equilibrado, sendo 21.393 homens e 20.929 mulheres.
*Idade mediana da população residente em favelas ou comunidades urbanas foi de 27 anos no estado*
O Tocantins registrou a mediana de idade de 27 anos na contagem dos habitantes das zonas investigadas. É um número um pouco abaixo do alcançado no Brasil, que foi de 30 anos de idade.
O quantitativo de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos foi de 11.795 pessoas morando em favelas ou comunidades urbanas no estado. Já idosos com mais de 60 anos somaram 2.880, no somatório, tendo apenas dois deles centenários.
*No Tocantins há apenas dez estabelecimentos de ensino e quatro de saúde em favelas ou comunidades urbanas*
Durante a pesquisa do Censo, pode-se verificar a existência de 2.941 estabelecimentos em favelas ou comunidades urbanas no estado. Nessas regiões, somente quatro são estabelecimentos de saúde e dez de ensino. Número inferior ao de, por exemplo, estabelecimentos religiosos, que foram contabilizados 217 nestes locais.
*Maior parte dos domicílios particulares em favelas ou comunidades urbanas são casas no Tocantins*
Dos 13.443 domicílios particulares permanentes totais, 13.148 foram do tipo casa. Casa de vila ou em condomínio somaram 248; habitação em casa de cômodos ou cortiço foram 42; estrutura residencial permanente degradada ou inacabada somaram quatro e apartamento apenas um.
Em relação à existência de canalização de água nestes locais, 13.393 têm água canalizada, sendo 13.083 até o domicílio e 310 apenas até o terreno. Ao todo, foram registrados 50 domicílios sem água canalizada no estado.
Os domicílios por existência de banheiro ou sanitário foram investigados. Fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede foram 4.353; rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede somaram 3.910 e os que tinham fossas rudimentares ou buracos eram 4.062 domicílios. Já os que não tinham banheiro e nem sanitário contabilizaram 38 no Tocantins.
Sobre o destino do lixo, 12.705 domicílios tocantinenses nestes locais têm o lixo coletado. Ele é queimado na propriedade em 431 do número total; 114 era jogado em terreno baldio, encosta ou área pública; 35 era enterrado na propriedade e 158 dão algum outro destino ao lixo.
*Tocantins é o estado que tem menos indígenas morando em favelas e comunidades urbanas*
No quantitativo de pessoas indígenas residentes em favelas e comunidades urbanas, o estado do Tocantins é o que menos tem deles morando nestes locais. De acordo com o Censo 2022, foram apenas 88 pessoas nesta condição. O número no país é de 136.272 indígenas vivendo em favelas e comunidades urbanas.
Fonte: Superintendência Estadual do IBGE no Tocantins. Seção de Documentação e Disseminação de Informações_