A inelegibilidade do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) é um assunto que tem rendido espaço nos veículos de comunicação e nos bastidores da política tocantinense.
O tema esquenta os bastidores da política tocantinense deste a cassação do ex-governador em 2009. Em agosto do ano passado uma certidão emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) apontou que o ex-governador poderia concorrer as eleições deste ano, enchendo de esperança os seguidores do ex-governador. Em seguida a assessoria de comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), jogou um balde de água fria ao comunicar que as condenações do ex-governador não constam no sistema porque não são de natureza eleitoral, mas sim de caráter administrativo.
Diante as incertezas jurídicas da elegibilidade do ex-governador, o radialista Jefferson Agamenon chegou a fazer, com ironia, um desafio em sua rede social na semana passada. “Marcelo Miranda, faço um desafio! Se você conseguir registrar sua candidatura ou ao menos assumir o senado, nos próximos 120 dias, eu corro de cueca na JK e ainda convido todos os jornalistas para cobrir meu pedido de desculpa de joelhos na porta da sua casa, na 41. Casos Vossa Excelência, não consiga esta façanha, peço apenas que vá a publico, em todos os veículos de comunicação, e se desculpe por tentar ludibriar as pessoas por tanto tempo, excitando as pessoas contra as nossas Leis vigentes. Topas??? Aguardo sua resposta.Por aqui ou pelo Ricardo Ribeirinha”, postou Agamenon.
Polêmico em suas declarações, em outubro de 2010 ele publicou no quadro “De Olho na Política”, veiculado pela Rádio Palmas – 96 FM uma manifestação que causou um processo na justiça eleitoral que o deixou, juntamente com o ex-governador Carlos Gaguim, inelegíveis até outubro de 2013. Na época a PRE defendeu que ficou provado que Agamenon “utilizou-se indevidamente do referido meio de comunicação social no período compreendido entre 19 de janeiro a 2 de outubro de 2010 com o fim de beneficiar a candidatura de Carlos Henrique Amorim ao cargo de governador do Estado do Tocantins”.
Um pouco sobre a inelegibilidade do ex-governador…
Em dezembro do ano passado a ministra do TSE, Luciana Lóssio, desconsiderou as provas apresentadas contra Marcelo Miranda e outros em Ação de Investigação Eleitoral (Aije), movida pela Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins (PRE-TO) em um processo onde ele era acusado por abuso de poder econômico e político e foram condenados à perda do mandato e oito anos de inelegibilidade por conta da gravação de uma reunião política realizada com funcionários da empresa Litucera, nas eleições de 2010.
Diante as várias condenações que aconteceram desde agosto de 2009 quando o ex-governador Marcelo Miranda foi cassado por abuso de poder político nas eleições de 2006 até a última que aconteceu no ano passado quando o ex-governador foi condenado por abuso de poder na campanha de 2010, tornando-se inelegível por oito anos, contados a partir de 2010; mas, em suas reuniões políticas, o ex-governador tem afirmado com muita convicção que não está inelegível. “Quem fala que estou inelegível tem que provar. Onde está o documento que prova isso? Porque até agora não vi nenhum”, disse o ex-governador no dia 07 de fevereiro ao durante uma reunião política.