Milhares de pessoas congestionaram a Rua 05 nas proximidades do o cemitério Santo Antonio e a situação ficou mais congestionada no trecho urbano da BR-242, saída para a cidade de Peixe até o cemitério Jardim de Santo Antonio, cemitério Novo. No local as pessoas aproveitam para relembrar a história e o papel que seus entes queridos tiveram em suas vidas, ainda quando vivos.
Nas portas dos dois cemitérios várias pessoas aproveitaram o fluxo para comercializar água, refrigerante, flores e velas. Ao mesmo tempo evangélicos aproveitam para evangelizar por meio de panfletos.
Por tradição, maioria dos presentes comungam a fé católica. Para o Padre Luiz Guimarães, da paróquia Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Católica estará fazendo um rodízio neste Dia dos Finados (02/11) com missas de hora em hora, encerrando às 17 horas.
Patrimônio histórico
O cemitério Velho possuiu um rico valor histórico para Gurupi. Lá estão enterrados os primeiros moradores de Gurupi dentre eles desbravadores como Benjamim Carvalho da Silva, o “Bião” que chegou em Gurupi no dia 15 de maio de 1947, Benjamim Rodrigues que detém o título de fundador de Gurupi e de homens e mulheres que tiveram sua parte na história de Gurupi como os ex-Prefeitos: Francisco Santana, Sebastião Paraibano e Jacinto Nunes da Silva.
No mês em que a cidade comemora seus 57 anos de emancipação política concordo com o escritor Moura Lima quando ele diz que “Gurupi padece da síndrome da identidade cultural desde sua fundação”. Isso não está apenas na maneira que construíram e contam a história da cidade, mas também da falta de respeito com um lugar, que representa um museu aberto, que poderia ser uma atração turística, como acontece no Cemitério de Nossa Senhora de Santana, no Setor Campinas, em Goiânia (GO).
No entanto, em Gurupi muitos túmulos foram saqueados e, para piorar, locais onde estão sepultado homens como Bião, primeiro morador de Gurupi, não possui identificação – numa demonstração da falta de respeito com a memória das pessoas; seja por familiares ou pelos responsáveis pelo cemitério e enterram a história de quem começou a cidade.
Durante uma visita ao cemitério, depois de ser questionado, um representante da empresa responsável pela manutenção do cemitério afirmou à reportagem deste Portal que existe um projeto para que as famílias identifiquem os túmulos para que assim possa permitir a empresa catalogar e mapear onde estão enterradas as pessoas que iniciaram a cidade.