A internet é o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros na obtenção de informações, de acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2016. A popularidade da rede é perceptível em uma geração de usuários cada vez mais conectada, mas que deve ficar atenta ao uso excessivo da internet. “Esse tema já é alvo de pesquisas em diversos países, e nós buscamos obter dados locais a respeito dessa questão entre universitários em Gurupi”, afirma a professora Ellen Fernanda Klinger.
por Redação
Um grupo de professores e acadêmicos de Psicologia do Centro Universitário UnirG pesquisou a propensão à dependência da internet entre universitários. O trabalho foi publicado no final de 2017 na Revista Cereus, uma publicação científica da UnirG.
“Diariamente estamos ligados a tudo o que acontece por meio da mídia. Algumas pessoas apresentam dificuldades em permanecer desconectadas, mesmo estando em locais públicos ou acompanhadas por outras, e utilizam a maior parte do seu tempo navegando na internet. Esse tema já é alvo de pesquisas em diversos países, e nós buscamos obter dados locais a respeito dessa questão entre universitários em Gurupi”, afirma a professora Ellen Fernanda Klinger, doutoranda em Psicologia e coordenadora da pesquisa. A equipe responsável pelo estudo também é formada pelos professores Me. Jeann Bruno Ferreira Silva, Me. Vinícius Lopes Marinho, pelas psicólogas Karine Wanderley Miranda e Thais Valadão Reis.
Foram entrevistados 363 acadêmicos, que responderam ao Teste de Dependência de Internet (Internet Addiction Test – IAT). Os resultados indicaram que os sujeitos classificados como usuários normais ocuparam a porcentagem de 17%, enquanto os dependentes leves ocuparam 60%, os dependentes moderados 22%. Já os dependentes considerados como usuários graves representaram 1% da amostra.
Um dos aspectos que chamou a atenção dos pesquisadores foi a constante utilização das mídias sociais. “Alguns universitários disseram que a primeira coisa que fazem ao acordar é verificar as redes sociais. Esse é um ponto que merece atenção, já que outras atividades como cuidar da higiene pessoal, a alimentação, e o contato com outras pessoas, acabam ficando em segundo plano”, frisou Klinger.
Mesmo com os inegáveis benefícios proporcionados pela internet, o trabalho destaca que o uso indiscriminado também pode trazer prejuízos aos jovens estudantes. Ainda que mais da metade da amostra tenha sido classificada como leve, isso pode indicar a necessidade de ações direcionadas a uma possível dependência. “A qualidade do sono, a capacidade de concentração durante os estudos e o desempenho acadêmico podem ser afetados. Além disso, as relações sociais podem sofrer prejuízos quando não há uma administração adequada do tempo gasto”, destacou.
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