por Wesley Silas
Após repercussão negativa, três entidades manifestaram, por meio de notas, opiniões sobre as duas festas envolvendo políticos, servidores públicos e citaram também as que envolveram empresários e população em geral como aconteceu recentemente em uma chácara próximo a cidade e as do clube da OAB. As manifestações acontecem após muitos empresários cortarem na carne e ainda pagam caro os prejuízos provocados pelo abre e fecha. Por outro lado, como todo homem é um ser político por natureza, alguns empresários não escondem suas preferencias e, assim como os políticos tradicionais que lutam por poder, continuam nos palanques de campanhas eleitorais, seja pretéritas (2020) e futuras (2022), e neste calor das emoções alguns congelaram a pandemia e assim, o verdadeiro significado da política deixar de visar um bem comum à cidade.
Vamos tentar entender
Nesta terça-feira, 01, completa 13 meses e 24 dias que foi registrado o primeiro caso da Covid-19 em Gurupi e 12 meses e 22 dias do primeiro óbito, assim como o anúncio de transmissão comunitária. Desde então, os números foram crescendo e no 20 de março, o Ministério Público publicou uma recomendação indicando “o fechamento de quaisquer locais em que possa haver aglomeração de pessoas e propagação do vírus” em Gurupi. Em seguida a CDL e ACIG publicaram uma nota de recomendação e orientação para suspender as atividades comerciais que pudessem haver aglomerações, dando assim anuência para a Prefeitura, depois dela postergar recomendação Recomendação n° 4/2020 do Ministério Público, a começou a rascunhar os Decretos que se tornaram alvos de críticas por parte de vários comerciantes que lutavam pela sobrevivência econômica.
Para evitar o estrangulamento do comércio, desemprego e falências de empresas, principalmente os segmentos de restaurantes, músicos, bares e hotéis, a flexibilização foi precisa, mas não houve contrapartida por uma parcela da sociedade que insistiu em promover aglomeração em festas clandestinas e em eventos sociais, como aniversários e casamentos, a exemplo dos ocorridos nos dois últimos finais de semanas envolvendo políticos e a comunidade em geral.
Com a explosão de novos caso, vários decretos foram publicados e o último foi publicado na noite de ontem (31/05). Após polêmicas, o Decreto de ontem suspendeu, por prazo indeterminado, shows artísticos, festas em residências, atividades em clubes sociais e clubes recreativo e as reuniões, eventos públicos e privados de qualquer natureza que favoreçam a aglomeração de pessoas. Proibiu ainda som de música ao vivo e/ou eletrônica.
Não podemos nos esquecer que ao longo da pandemia 10.850 casos confirmados, destes, 9.660 pessoas estão recuperadas, casos ativos com risco de transmissão somam 413, e 202 pessoas faleceram.
Manifestações de entidades
Em meio a repercussão dos casos envolvendo políticos, os comerciantes que cortam na carne prejuízos decorrentes aos pesos dos Decretos, resolveram acionar entidades como a ACIG e CDL para estancar eventos sociais que possam prejudicar toda a cidade, posteriormente foram atendidos em parte no último Decreto.
Em notas divulgadas na tarde da segunda-feira, 31, as duas entidades representantes da classe empresarial de Gurupi e Região Sul do estado do Tocantins, manifestaram sobre acontecimentos dos últimos dias em Gurupi, envolvendo políticos e servidores públicos.
“Pedimos que se tenham consciência, políticos, servidores públicos, empresários, clientes, população geral e que se mantenham os cuidados preventivos, para superarmos essa situação que envolve a colaboração de todos os gurupienses, sem exceções”, pontuou a nota.
Lembrou ainda que “os decretos municipais devem ser cumpridos, independente da classe social, cargo ou influência. As leis são regras maiores a serem seguidas por todos. Mesmo que o decreto N° 731/2021 em seu artigo 20 dê a abertura para realização de cerimônias de casamento, colação de grau, culto ecumênico e aniversários, não é momento de extrapolarmos, mesmo com pequenas quantidades de pessoas. Figuras públicas devem dar exemplo”.
Nota da OAB
Ao mesmo tempo, a Ordem dos Advogados do Brasil se posicionou sobre o uso e capacidade de público da sua sede social, destacando as condições de uso e capacidade de pessoas, perdendo o valor com a publicação deste último Decreto.