Alessandra Alencar Vieira Vasconcelos, 32 anos, vai responder em liberdade o processo de prática de tortura. A justiça restringiu o direito da acusada de não deixar a cidade, chegar perto das crianças, ter acesso as testemunhas e de reabrir a creche e, caso apareça alguma novidade no processo, ela poderá voltar a ser presa.
Deste que foi presa, o caso teve vários desdobramentos. Um deles foi o pedido da Juíza Drª. Mirian Alves Dourado, da 1a Vara Criminal do Fórum de Gurupi, ter pedido afastamento do caso e da advogada de Alessandra Alencar que também foi substituída pela família da acusada pelo advogado Jorge Barros.
As investigações apontam que as supostas vítimas foram submetidas a agressões físicas e psicológicas. Os supostos crimes vinham acontecendo desde o ano de 2011 e durante os anos de 2012 e 2013 teria aumentado a frequencia.
De acordo com entrevista dada ao programa “O Povo na TV” pelo delegado, Fábio Simom, responsável pela investigação do caso, há elementos suficientes para indicar Alessandra Alencar pelo crime de tortura. O delegado afirmou ainda que Alessandra confessou parte das acusações feita contra ela e, boa parte teria sido praticado no antigo local onde a creche funcionava.
“Ela confessou parte dos crimes e nas duas acareações que eu fiz ela chegou no final da noite acabando confessando uma parte com a presença da advogada”, disse o delegado.
Ao mesmo programa, Leonara Marques, mãe de uma criança com necessidades especiais apontada nas investigações como uma das principais vítimas Alessandra Alencar pediu que a justiça apure a fundo todas as denúncias.
“É minha obrigação como mãe acompanhar o caso de perto e espero que a justiça seja feita porque nós sabemos que a advogada entrou com um pedido e habeas corpus e que provavelmente ela responderá em liberdade até o julgamento, mas nós esperamos que no futuro próximo ela possa cumprir o que for determinado pela justiça”, disse Leonara.
Além de Leonara outras 20 testemunhas foram ouvidas pelo delegado, dentre elas três funcionários da creche e mães das supostas vítimas.