Um estudo feito pelo promotor criminal, Diego Nardo, apontou que os gurupienses condenados por tráfico de drogas iniciaram as atividades depois de deixarem as escolas. Nardo também falou sobre um PL que regulamenta horário de funcionamento do bares da cidade.
por Wesley Silas
Nos próximos dias a sociedade gurupiense irá iniciar uma discussão sobre um Projeto de Lei de iniciativa do Ministério Público por meio do promotor criminal, Diego Nardo, que regulamenta o horário de funcionamento dos bares da cidade, principalmente nos locais onde acontecem maior número de ocorrências envolvendo violência e tráfico de drogas. “O Ministério Público encaminhou para a Câmara Municipal um Projeto de Regulamentação de horários noturno de bares – não é uma efetividade, mas uma discussão”, disse Nardo.
Sobre este assunto, o presidente da Câmara Municipal de Gurupi, vereador Cabo Carlos, afirmou que, antes de ser votado em plenário, irá debater o projeto de regulamentação do horário de funcionamento dos bares por meio de audiência pública que será marcada. “Ele encaminhou um Projeto de Lei sugestivo e a Câmara deverá analisar este projeto e fazer audiências públicas porque é um tema polêmico. Eu penso de devemos ouvir a sociedade primeiro”, defendeu o vereador.
Perfil dos traficantes de Gurupi
Na mesma entrevista dada ao Portal Atitude, Diego Nardo citou uma pesquisa que ele fez no presídio Agrícola Luz do Amanhã sobre o perfil de presos que foram criados em Gurupi. Um fato peculiar do estudo foi que estes presos afirmaram, em entrevista dada ao promotor, que começaram a traficar drogas na mesma época em que eles abandonaram ou terminaram o período escolar.
“Eu entendo que isso foi algo determinante em Gurupi porque presos que cometeram outros crimes não bateram estes dados e presos de outras cidade também não. O crime de tráfico de venda se manifestou quando se afastaram da escola”, explicou.
Nardo defendeu que o distanciamento entre o aluno e a escola pode ter colaborado. “Eu acredito que isso tem a ver com a falta de influência do professor e dos amigos das escolas. Quando a escola trás para dentro o aluno ela, automaticamente, o tira, não da rua; mas, do ambiente mais nocivo que a rua trás. Pelo menos o estudo mostrou uma coincidência nestes aspectos”, disse o promotor.