O prefeito Wagner da Gráfica concedeu uma entrevista ao Portal Atitude para falar das dificuldades que o município enfrenta para manter o Hospital Municipal Hermínio Azevedo. Segundo ele a grande dificultado é o alto custo de manter o hospital, pois recebe apenas R$ 28 mil do Governo Federal, enquanto as despesas mensais chegam até R$ 230 mil.
“Recebemos R$ 28 mil de ajuda e estamos gastando quase R$ 230 mil e isso é grande câncer da saúde de Formoso do Araguaia. A prefeitura de Formoso do Araguaia é um dos poucos municípios do Estado que matem um hospital municipal com quase 100 % e mantido com recursos próprio do município”, defende o prefeito.
O prefeito afirmou que o município está aberto para fazer parceria com o Governo do Estado por meio de diálogo para a estadualização da unidade hospitalar, como aconteceu com o hospital Municipal de Colinas.
“Desde o primeiro dia de mandato nosso tentamos com o governo anterior para dividir as despesas que são altas. Nós tentamos transformá-lo em uma UPA, mas o Governo não aceitou. É um problema que vem de outros mandatos e o grande problema na saúde de Formoso é Hospital Municipal”, disse o prefeito.
Wagner da Gráfica afirma que mesmo sendo parceiro do governo passado não conseguiu resolver o problema do hospital.
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Hospital funciona sem médico em Formoso do Araguaia
“Nós tínhamos uma aproximação maior com o Governo do Sandoval e agora ainda estamos sem diálogo com o atual governo e buscamos uma abertura para ver se conseguimos repassar este hospital para o Estado, ou dividir estas despesas”.
Ele lembrou ainda que o hospital, em outras épocas e gestões, teve situações melhores quando a arrecadação do município era superior. “No passado ele (Hospital) chegou a fazer pequenas e médias cirurgias, manteve os partos de Cesário e ao longo dos anos a cada dia vem perdendo esta qualidade por falta de recursos”, disse.
Falta de pagamento dos Plantões
De acordo com o prefeito o atraso do pagamento dos plantões extras dos médicos são uns dos motivos da falta de médicos no hospital. “Teve um atraso no pagamento de plantões e não conseguimos manter e agora estamos conversando com eles (médicos) para podermos para retornar novamente a normalidade. Agora, no sábado os médicos radicalizaram um pouco. É uma realidade que, realmente, aconteceu e estamos tentado contornar aqui”, disse o prefeito.
Falta de medicamento
O prefeito também não escondeu a falta de medicamento no hospital, pois, segundo ele, o município fornece mantém apenas o básico.
“Estamos conseguindo manter o básico, mas o básico do básico, e nós precisamos de uma quantidade maior de medicamentos. Isso acontece justo em um período de crise nos municípios em um hospital que vem sendo mantido sem ajuda do Governo”, disse.