Segundo informações do Delegado Dr. Jacson Ribas, responsável pelo caso, conforme apontaram às investigações da equipe de Policiais Civis do 3º DP, Flávio Santana, que na época dos fatos foi preso quando tentava ocultar o corpo da vítima, foi indiciado pela prática dos crimes de homicídio tripamente qualificado e ocultação de cadáver.
Ficou comprovado, durante a realização dos trabalhos investigativos, que o indivíduo teria cometido o homicídio para não pagar uma dívida de R$ 20 mil reais que possuia com a vítima. Ainda conforme o Delegado, no dia do homicídio, Flávio atraiu Reginaldo até o local onde o corpo foi encontrado, utilizando-se do argumento de que iria buscar o dinheiro para pagar a vítima.
Reginaldo, que pensou estar acompanhando um amigo, seguiu até o referido local, que fica a 15 quilômetros de Cariri, sem desconfiar de nada. Após chegarem próximos a uma plantação de soja, o acusado teria atacado a vítima com um instrumento cortante (provavelmente uma faca) lhe desferindo golpes na garganta e no tórax. Conforme o laudo pericial, Reginaldo veio a óbito devido a uma hemorragia provocada pelos golpes que recebeu, sobretudo no tórax, que lhe atingiram o coração.
Após assassinar a vítima, Flávio ateou fogo no corpo da mesma e, no momento em que tentava enterrar o corpo, foi preso ainda com uma pá nas mãos. O Delegado Jacson Ribas solicitou ao Poder Judiciário a conversão da Prisão Temporária do acusado em Prisão Preventiva e encaminhou o inquérito a Justiça e ao Ministério Público que deve oferecer denúncia nos próximos dias.
Relembre o caso
O representante comercial Reginaldo Costa Xavier residia em Paraíso do Tocantins e desapareceu no dia 04 de dezembro de 2014 quando disse a esposa que iria até Gurupi com o objtivo de receber uma dívida no valor de R$ 20 mil, proveniente da venda de um atomóvel, modelo Golf. De acordo com a esposa do homem, a última vez que ela falou com o marido foi na hora do almoço do dia 04 e, após esse último contato, não obteve mais notícias do marido.
Na sexta-feira, 05, a mulher compareceu até a central de atendimento da polícia civil, em Gurupi, onde registrou um boletim de ocorrência informando o desaparecimento de Reginaldo. Na oportunidade, ela também relatou, aos Policiais Civis, que seu marido teria vindo a cidade receber o dinheiro da venda de um carro, que ele teria negociado com Flávio Santana, e que o último paradeiro da vítima teria sido, justamente na borracharia de propriedade de Flávio.