Envolvida nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), a empresa ainda não teve acesso a um empréstimo inicial do BNDES, de cerca de 800 milhões de reais, e chegou a demitir cerca de 400 trabalhadores, segundo reportagem do jornal O Globo.
Em meio a dificuldades financeiras, a construtora também deixou de contratar outros 400 funcionários, que já deveriam estar em treinamento para a empresa assumir formalmente a operação da rodovia no início de maio deste ano. Uma das principais consequências deste impasse é o adiamento dos prazos estabelecidos.
O pedido de prorrogação do cronograma de contrato, feito pela Galvão, deve ser analisado nesta quarta pela ANTT. Se aprovada a prorrogação, a data de início da operação da rodovia fica condicionada à liberação do empréstimo-ponte (de curto prazo) do BNDES.
Procurado, o BNDES informou ao jornal que, entre as seis rodovias do Programa de Investimentos e Logística (PIL), apenas a BR-153 ainda não fechou o empréstimo-ponte. De acordo com o banco, já houve contratação de quase 3,5 bilhões de reais em financiamentos desse tipo para as outras cinco rodovias do Programa.
Desde o ano passado, a Galvão vem tentando a liberação desse empréstimo. Por enquanto, sem o dinheiro, a ação da concessionária na rodovia se limita a tapar buracos e concluir a adequação de uma ponte, consideradas obras emergenciais. A previsão de investimentos ao longo dos 30 anos de concessão é de 4,36 bilhões de reais. (Informações da Veja online e Globo).