Por Wesley Silas
Em resposta a Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município, número 04, que regulamenta o modelo de eleições da Universidade de Gurupi (UNIRG) de autoria da Câmara Municipal impondo à lista tríplice na escolha de reitor(a) e vice-reitor(a) da Unirg, o professores da Unirg, por meio da Associação dos Professores Universitários de Gurupi (Apug), realizaram Assembleia Geral e aprovaram “Estado de Greve” e ameaçam o ressurgir o movimento “SOS UnirG: a Universidade não pode morrer” ocorrido na gestão do ex-prefeito Alexandre Abadalla, quando os professores colocaram os acadêmicos nas ruas de Gurupi.
Segundo a APUG a mudança na Lei Orgânica do Município provocaria “impactos negativos na Universidade e após uma Assembleia Geral Extraordinária ocorrida na quarta, dia 17 de janeiro foi aprovado Estado de Greve. Entre as deliberações da Assembleia dos Docentes estão: Requerimento para Câmara de vereadores solicitando audiência pública, convidando MP e CEE, solicitação do ANDES um parecer jurídico do projeto das emendas da lei orgânica; Nota de repúdio contra o PL; criação de banners para publicações e articulações com outros sindicatos.
O principal ponto criticado pelos docentes encontra-se Artigo 127-E da Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município, que define que o reitor(a) e vice-reitor(a) serão escolhidos pelo(a) Chefe do Poder Executivo, a partir de lista tríplice composta pelo resultado das eleições, com votação uninominal, contemplando o primeiro, seguindo e terceiro colocado, encaminhada pelo Conselho Superior ou outro órgão máximo de representação da Universidade. A lista tríplice será formada após a eleição e para participar da disputa aos cargos de reitor(a) e vice-reitor(a) os escolhidos serão entre os professores dois níveis mais elevados da carreira ou que possuem no mínimo o título de mestre com mais de 05 anos de cargo efetivo de docente da Universidade de Gurupi.
Confira a íntegra da Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município.
Sobre a mudança na Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município, o professor Paulo Henrique Mattos, declarou ao site ToNotíicias que: “A UnirG não é contrária a nenhum processo de alteração desde que este possa potencializar a sua melhoria. O que mais chocou foi que a PL propõe mudanças que podem comprometer seriamente a Instituição, logo num momento de franca expansão para outros campi, como Colinas e Araguatins, além de prejudicar o seu processo de recredenciamento como Universidade junto ao Conselho Estadual de Educação”, disse o membro da comissão ao criticar também mudanças no regime de trabalho dos professores e à composição do Conselho Acadêmico Superior.