O prefeito de Lagoa da Confusão, Neto Lino (PSD), está empenhado em buscar alternativas à tradicional 6ª Cavalgada de Lagoa da Confusão, que estava prevista para acontecer de 1 a 3 de julho. O empenho de Neto Lino na busca dessas alternativas, se deve ao fato da Portaria da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins – Adapec, que suspendeu qualquer aglomeração de equídeos nos municípios de Formoso do Araguaia, Sandolândia e Cariri do Tocantins, por causa da incidência da doença de Mormo.
Essa portaria da Adapec, publicada no Diário Oficial do Estado de quarta-feira (18), acabou afetando os municípios limítrofes como Gurupi, Dueré, Figueirópolis, Araguaçu e Lagoa da Confusão, que terão que suspender a realização de cavalgadas e tropeadas, sendo permitido apenas aglomerações de equídeos autorizados pela Asapec, até que sejam saneadas todas as propriedades.
Neto Lino esteve na Adapec na quarta-feira, na tentativa de tentar reverter, pelo menos, parte da portaria que incluiu Lagoa da Confusão, para que não fosse prejudicada a realização da Cavalgada. Argumentou que não há registro da doença de Mormo no município de Lagoa da Confusão, mas em reunião com a vice-presidente do órgão, Márcia Helena da Fonseca, foi informado que não tinha como mudar a portaria.
ALTERNATIVAS
Neto Lino Lembra que a Cavalgada Loroty-Lagoa da Confusão, evento tradicional que busca o resgate das tradições dos antigos tropeiros, preservando suas raízes culturais, bem como, a vivência de uma aventura cheia de emoções pela região do Vale do Araguaia, mas que diante do impedimento de sua realização neste ano, o Governo Municipal está mantendo conversações com sua equipe técnica e com os representantes da Comitivas de Cavalgada para buscar uma alternativa, para que a data não passe em branco. “O certo é que mesmo sem a realização da tradicional Cavalgada, a cidade de Lagoa da Confusão deverá receber um grande evento durante esse período e nós vamos Divulgar previamente”, acrescentou o prefeito Neto Lino.
CASOS DE MORMO
Em julho de 2015, o Tocantins registrou os primeiros casos de Mormo, em uma propriedade no município de Formoso do Araguaia. A suspeita é de que cerca de três animais foram contaminados após terem participado de um evento em Iporá – GO, área considerada não livre da doença, pois na ocasião da partida para o Goiás os exames deram negativo. Porém, seis meses depois ao realizá-los novamente para participar de outro evento em Goiás, os exames foram inconclusivos e a Adapec foi acionada para realizar os exames positivos.
“Ao tomar todas as medidas sanitárias no município de Formoso, a investigação epidemiológica realizada supõe que a disseminação ocorreu após aglomeração de equídeos que participavam em uma cavalgada, já que os novos casos têm ocorrido próximos a região”, disse Anderson Silva, chefe da Unidade Local da Adapec de Formoso do Araguaia.
Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Mas em alguns animais não aparecem nenhum sintoma, por isso, é tão importante à realização de exames. (Zacarias Martins, com informações da Adapec)