Concluir e ampliar o Campus I são metas que a presidência da Fundação Unirg pretende iniciar ainda neste ano. Para isso, Sávio Barbalho já esteve recentemente em Brasília com o prefeito Laurez Moreira (PSB) em visita ao BNDES para a viabilização de um financiamento que foi frustrado devido a limitação de empréstimos do banco com órgão públicos. Agora, a Fundação buscará desfazer de um imóvel para concluir o Campus I e financiar, provavelmente, com o Banco do Brasil a ampliação do campus I. “O Banco do Brasil já tinha assinalado positivamente para gente. Então, nós vamos ter que ver qual vai ser o melhor caminho”, disse.
Auditoria no Campus I
De acordo com Sávio Barbalho, o Tribunal de Contas do Estado exigiu que antes que seja feito qualquer obra na conclusão do Campus I, a Unirg deverá contratar uma empresa para fazer uma auditoria na obra. Informou ainda que o custo da contratação desta empresa poderá chegar ao valor de R$ 1 milhão e informou ainda que o relatório existente no TCE não é concluso, necessitando assim de uma auditoria minuciosa.
“O TCE não aceita porque foi apenas um relatório parcial por amostragem e eles querem que vá ao fundo para identificar os responsáveis de cada período, desde o gestor do departamento de licitação, o procurador da época e ao presidente da Fundação para fazer as responsabilidades”, explicou Sávio. “Eu quero ver se eu consigo nos próximos 30 a 60 dias fazer uma licitação porque a grande dificuldade hoje é encontrar uma empresa especializada. Porque o Tribunal de Contas nos exige a presença de profissionais das mais diversas áreas”, reiterou.
Duas obras no Campus I
Sávio Barbalho resumiu que o Campus I deverá receber duas frentes de serviços, sendo uma para a conclusão do Campus e a outra construção de um novo bloco.
“São duas coisas distintas. Uma seria o financiamento para ampliação com novas salas de aulas, laboratórios, restaurantes universitário, auditório e biblioteca por meio de um financiamento. E a outra é concluir o Campus I e para isso temos duas saídas: Primeiro, é o desfazimento de um dos nossos imóveis porque hoje se fala entre R$ 4,5 milhões até R$ 6 milhões para concluir aquilo que está lá. Então, se nós conseguirmos desfazer de um imóvel neste patamar o restante que faltasse, com a saúde financeira que nós estamos hoje, nós teríamos condições de todos os meses tirar de R$ 200 a R$ 300 mil para ir pagando o cotidiano, como se fosse uma construção da casa”, disse Sávio. “Para conclusão das obras não é tão desesperador e temos algumas idéias e estamos avaliando os nossos imóveis e se for possível, em breve, o desfazimento de um deles com este numerário a gente conclui”, acrescentou e citou os prédios do curso de Odontologia no Centro de Gurupi e uma área próxima ao Setor Malvinas.
A reportagem do Portal Atitude questionou Sávio Barbalho sobre sugestão do vereador Jonas Barros (PB) de comercializar para urbanizar parte da área de 40 alqueires do Campus I para fazer caixa e concluir as obras. No entanto, ele afirmou que o prefeito chegou a conversar com empreendedores espanhóis para construção de uma cidade universitária, mas não chegou ao consenso e que no momento a Fundação não tem interesse na proposta apresentada pelo vereador Jonas.
Valor do projeto arquitetônico do campus I
Sávio Barbalho respondeu também sobre os questionamentos pelo presidente da Associação dos Servidores da Fundação UnirG (Asaunirg), Oximano Pereira Jorge sobre o valor de R$ 684.835,00 para a elaboração do projeto arquitetônico do campus I.
“Eu não vejo nenhum problema nisto porque os preços praticados foram com base na tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI). Hoje o Tribunal de Contas trabalha em duas linhas onde os preços não podem ser abusivos com superfaturamento, mas também não pode ser aquém demais porque haveria suspeita de ser inexeqüíveis, onde a empresa ganharia a licitação já sabendo que não poderia fazer. Por isso o Governo trabalha com esta tabela SINAPI que é um parâmetro utilizado desde o Governo Federal dos preços praticados no mercado […] Sobre legalidade, graças a Deus, eu não tenho medo de enfrentar na minha gestão”, concluiu Sávio Barbalho.