Por Redação
Antes mesmo de tomar posse para seu terceiro mandato como presidente da República, Lula sinaliza que a proliferação das escolas cívico-militares está com os dias contados. Para o núcleo de transição de Educação do presidente eleito, militares não têm de fazer gestão do processo pedagógico e descartam novos acordos para escolas deste modelo, projeto que era uma das bandeiras do governo Jair Bolsonaro (PL).
![Colégio-Militar Colégios Militares: "A tendência é que o programa seja encerrado", diz líder do PT na Câmara dos Deputados. Colégio-Militar Colégios Militares: "A tendência é que o programa seja encerrado", diz líder do PT na Câmara dos Deputados.](http://www.atitudeto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/Colégio-Militar.jpg)
Durante o atual governo, Bolsonaro promoveu parcerias do governo federal com municípios e estados por meio do programa de escolas cívico-militares. Nesses casos, a gestão das unidades é repassada à Polícia Militar e às forças armadas.
Para a diretora da Escola Estadual Cívico-Militar Tancredo de Almeida Neves, Valéria Ramirez Daniel, de Foz do Iguaçu (PR), “a comunidade não vai aceitar”, disse à BBC News Brasil.
No entanto líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), “A tendência é que o programa seja encerrado”. Disse o deputado responsável por representar Lula nas discussões sobre educação.
Ao contrário do que defende a petista e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) e deputada estadual eleita, Bia de Lima (PT), acabar com aa Escolas Militares contrasta, em parte, com a quantidade de escolas em estados historicamente governados pelo PT e que aderiram ao modelo cívico-militar. É o caso da Bahia que, em 2019, tinha 83 escolas municipais de ensino fundamental adotando o formato militarizado. Lá, assim como no Tocantins, a parceria é feita com a Polícia Militar e não com as Forças Armadas.
Fonte: SINPRO-DF, UOL e Seduc/TO