Inveja. Uma palavra simples, mas carregada de um peso que vai muito além do que podemos prever. Tal sentimento só traz problemas para a saúde emocional daquele que a possui, e daquele que é vítima dele. Conforme explica o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu, “a inveja paralisa os incompetentes. Primeiro, quem inveja a vida alheia nem sabe o que está invejando. Se a grama do vizinho parece mais verde, talvez ele invista mais tempo e energia para cuidar de seu próprio jardim”.
Para Fabiano, as outras pessoas devem servir como inspiração, e não ser alvo de uma carga emocional tão negativa:
“Assim, podem surgir ótimas ideias que podemos colocar em prática em nossas vidas, mas da inveja não nasce nada de bom, apenas doenças psicológicas, mentais e físicas”. Ele orienta que é possível ambicionar ter o que o outro conquistou, “mas precisamos também desenvolver as qualidades, competências e aptidões que ele desenvolveu para chegar aonde chegou. Quem inveja a conquista do próximo, em verdade, queria ser o que o outro é para somente assim ter o que o outro tem”.
Diante deste cenário, o neurocientista pondera que “a inveja, geralmente se instala em pessoas preguiçosas, que desejam muita coisa, mas não conseguem fazer nada, ou fazem muito pouco, e quando fazem reclamam por estarem fazendo, ou por terem que fazer”.
Para lidar com as outras pessoas no dia a dia, sem se deixar levar por esta carga emocional tão negativa, Fabiano recomenda: “Olhe a conquista de pessoas que sabem usufruir de forma produtiva o seu cognitivo, que alcançam posições de destaque, e escrevem uma história de vida e carreira que é motivo de admiração e exemplo. Você não precisa inventar nada novo, você pode seguir uma cartilha de sucesso pronta, mas lembre-se que cada um tem algo diferente a oferecer ao mundo, portanto, se inspire naqueles que já conquistaram, mas coloque a sua singularidade em ação para criar uma trajetória diferenciada. Aproprie-se de seus dons e talentos naturais”, completa.