Por Redação.
Aurilene Lima da Silva, de 41 anos, morreu na manhã de segunda-feira (08) após passar a madrugada internada na UPA com fortes dores abdominais, enquanto esperava transferência para o HGP. Na quinta-feira (11) a fila de espera por leitos no HGP chegou a 70 pacientes.
Sobre essa morte na UPA, os secretários de Saúde do Tocantins, Afonso Piva, e da Capital, Thiago De Paula Marconi, tiveram um embate nesta sexta-feira, 12, ao participarem da 1ª edição do Jornal Anhanguera, da rede Globo. O município alega não ter conseguido a regulação dela para a unidade estadual a tempo, apesar dos protocolos do SUS, a prefeita de Palmas, mais uma vez se fez de vítima mostrando uma suposta revolta em suas redes sociais para desabafar e transferir a responsabilidade contra contra Piva
O secretário de saúde de Palmas, Thiago Marconi, contou que o município tentou fazer a regulação da paciente por três vezes, antes da morte. Segundo ele, o tratamento ofertado na UPA é ambulatorial e como a situação da paciente exigia um tratamento mais completo deveria ser feito pelo hospital de referência. “Pela resolução do Ministério da Saúde esses pacientes teriam que ser regulados para o hospital em 24 horas”.
Piva responde
Em resposta, o secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva, afirmou que a UPA de Palmas deveria que ter estrutura para estabilizar os pacientes até a liberação de vagas no HGP. “É uma UPA de porte 8. Então ela teria que ter uma sala de estabilização e deveria atender esse paciente até liberar a vaga no HGP. É o porte da UPA. Eles recebem recursos para isso.”
Piva também afirmou que o sistema de regulação tem permitido observar tipos de pacientes que não deveriam ir para o HGP, como o caso de pacientes ortopédicos que não precisam de cirurgia. Segundo ele, 50% dos pacientes que chegam da UPA vão embora em 24 horas e isso mostra que deveriam ser tratados pelo município.
“Quando vem um paciente sem necessidade para o HGP. Eu tiro a oportunidade de pacientes igual essa senhora, que talvez por essa falta de leitos deveria estar no HGP. O HGP não atende só pacientes de média e alta complexidade, o HGP está mostrando isso”, afirmou.
Sobre o caso
Sofrendo com dores no estômago, Aurilene Lima da Silva, de 41 anos, buscou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento da região sul de Palmas (UPA Sul) na madrugada de domingo (7). Ela voltou para casa e retornou à unidade com as mesmas queixas.
Depois do quadro de saúde se complicar e de três tentativas de transferência para o Hospital Geral de Palmas (HGP), ela não resistiu e morreu. O marido foi informado que a suspeita da causa da morte era dengue hemorrágica. A família agora busca por justiça.