O caso teve repercussão internacional e constrangeu, não só o presidente Jair Bolsonaro, mas toda sua equipe, em especial o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Conforme o jornal Folha do Bico, Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, é filho de uma família da cidade de Xambioá, localizada no Bico do Papagaio, região que ficou conhecida nacionalmente e internacionalmente na década de 60 devida a guerrilha do Araguaia durante o Golpe Militar.
por Wesley Silas
No entanto, apesar da coincidência e longe de teorias de conspirações, o caso não tem nenhuma ligação com o passado onde foi criado com a prisão de um militar brasileiro no aeroporto de Sevilha.
“A mãe de Silva Rodrigues, que continua morando em Xambioá, assim como vários familiares, estariam muito abalados”, informou uma fonte da Folha do Bico.
A falha em segurança de comitiva presidencial sobre o Integrante do Grupo de Transporte Especial (GTE) que dava apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, o segundo-sargento da Aeronautica, Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, flagrado com 39 quilos de cocaína polícia espanhola, no aeroporto de Sevilha, Espanha, vai ser apurado em inquérito aberto pela Aeronáutica. Além do presidente Jair Bolsonaro, o sargento Manoel Silva também participou de outras viagens no escalão avançado da Presidência da República, como da ex-presidente Dilma (PT), conforme noticiou o jornal O Globo.
Aeronáutica abre inquérito para apurar caso
O Comando da Aeronáutica informou, nesta quarta-feira (26), que instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias de prisão de um militar brasileiro no aeroporto de Sevilha, por suposto envolvimento no transporte de drogas em avião militar. O homem está à disposição das autoridades espanholas.
De acordo com a nota, trata-se de um sargento da Aeronáutica que trabalha como comissário de bordo em uma aeronave VC-2 Embraer 190. O texto informa ainda que ele fazia parte da missão de apoio da viagem presidencial e que ficaria em Sevilha, não integrando, portanto, a equipe que acompanha o presidente.
NOTA OFICIAL – https://t.co/KsdyLXGvUm pic.twitter.com/C8hQejdibU
— Força Aérea Brasileira ?? (@portalfab) 26 de junho de 2019
“Esclarecemos que o sargento partiu do Brasil em missão de apoio à viagem presidencial, fazendo parte apenas da tripulação que ficaria em Sevilha. Assim, o militar em questão não integraria, em nenhum momento, a tripulação da aeronave presidencial, uma vez que o retorno da aeronave que transporta o Presidente da República não passará por Sevilha, mas por Seattle, Estados Unidos”.
Na nota, a Aeronáutica informa que regularmente adota medidas para prevenir crimes como este e que, diante do ocorrido, “essas medidas serão reforçadas”.
“O Comando da Aeronáutica reitera que repudia atos dessa natureza, que dá prioridade para a elucidação do caso e aplicação dos regulamentos cabíveis, bem como colabora com as autoridades”, conclui o texto.
Repercussão
Na tarde desta quarta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, usou a rede social Twitter para informar que exigiu “punição severa” ao responsável, no episódio que classificou como “inaceitável”.
Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem, ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 26 de junho de 2019
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, também comentou o caso na noite de hoje, no Twitter. Para o ministro, o militar é um “ínfima exceção” dentro de uma corporação que “prima pela honra”. Ele disse ainda que os fatos serão apurados pelas autoridades do Brasil e da Espanha.
“O militar preso com drogas em Sevilha é uma ínfima exceção em corporação (FAB) que prima pela honra. Os fatos serão devidamente apurados pelas autoridades espanholas e brasileiras. Como disse o PR Bolsonaro, não vamos medir esforços para investigar e punir o crime”. (Com informações da Agência Brasil – EBC)