A protelação do Palácio Araguaia e do prefeito de Gurupi em assumir os pré-candidatos que irão disputar a eleição majoritária em Gurupi tem gerado muitas incertezas e insegurança nos grupos e pré-candidaturas devido falta de sustentação, no momento em que alguns nomes se antecipam e mostram querer enfrentar o processo eleitoral, mas esbarram na falta de identificação com o desejo do eleitor.
por Wesley Silas
É chegada a hora dos grupos políticos viabilizar os partidos e afinar os candidatos para disputar a campanha eleitoral. Faltando 16 dias para a abertura da janela partidária, considerada uma brecha para mudança de partidos, vereadores e pré-candidatos a vereador continuam sem saber para onde vão.
Enquanto os poderes municipal e estadual não se definem, as únicas candidaturas que caminham, de forma independente, são as dos advogados Walter Júnior (MDB), Sávio Barbalho (PT), do vereador Sargento Jenilson (PRTB) e do empresário Adailton Fonseca (PL), que deixou a presidência da ACIG para investir no fortalecimento do seu nome. Outros nomes fortes como o do empresário Oswaldo Stival (PSDB) e o da ex-deputada Josi Nunes (PROS), declaram que não pretendem entrar na disputa como candidatos, mas têm seus preferidos.
Apesar dos rumores do prefeito Laurez Moreira ter deixado claro aos seus secretários que o seu candidato será o secretário de Saúde, Gutierres Torquato (PSDB), para o eleitorado o prefeito ainda não oficializou a candidatura de Torquato e em suas declarações para os jornalistas ele insiste em dizer que irá anunciar o nome de seu sucessor apenas no mês de julho. O posicionamento do prefeito, por ser dos políticos mais experientes da região, indicar que a pré-campanha encontra-se em fase de laboratório. Nesta construção de nome, Gutierres terá alguns desafios como pontuar melhor que o presidente do seu partido, vereador Eduardo Fortes (PSDB), ligado ao grupo Stival, ou, procurar outra sigla para garantir sua candidatura e correr o risco de perder a primeira suplência de deputado estadual.
Palácio Araguaia
O silêncio do Palácio Araguaia é o que mais incomoda os aliados do governador Mauro Carlesse (DEM) em Gurupi. Um dos principais nomes é o primeiro suplente de deputado, Gleydson Nato (PTB). Após desgastes da exoneração de Soró da Superintendência Estadual de Esportes, o nome de Nato foi praticamente deixado em stand-by, apesar dele justificar falta de motivos em pedir a “cabeça” de uma pessoa ligada ao deputado Eduardo Siqueira (DEM), que lhe concedeu o cargo. Nomes como o do vereador Ivanilson Marinho (MDB) e de Edinho Fernandes, que encontra-se dividido entre o Palácio Araguaia e Prefeitura de Gurupi, também esperam clareza no processo e ainda não sabem qual o rumo partidário e de grupo que irão seguir.
Soldados sacrificados
Neste momento de individualismo, ainda não se vê pré-candidatos conversando entre si para fortalecer o processo da disputa, enquanto muitos soldados estão indo para guerra sem passar por treinamento/preparação e morrendo na estrada. Outro viés de bastidores, aponta que as cabeças pensantes dos poderes (estado e município) não descartam união em tratativas da busca de consenso de um nome fora dos pré-anunciados.
Políticos do norte ganham campo na região sul do Tocantins
Como a eleição nunca é igual a outra, o que indicará os primeiros caminhos serão as pesquisas qualitativas e quantitativas que irão nortear os pontos fracos e fortes de cada nome que pretende disputar a prefeitura dentro de um objetivo macro. Enquanto isso, o que se ouve nos bastidores são pesquisas internas feitas por lideranças partidárias de outras regiões, como Araguaína, com o objetivo de fortalecer suas siglas para as eleições de 2020, podendo no futuro engolir nomes fortes da região sul do Estado diante a forte densidade eleitoral do norte.