Candidata ao governo do Tocantins pelo PSOL e o candidato ao senado, Eduardo Gomes (SD) ainda não publicaram a lista de bens na justiça eleitoral e 17 candidatos que pediram registro de candidatura a federal também não declaram patrimônio na Justiça Eleitoral. São números que chamam atenção nas vésperas em que o TSE determinou que os candidatos deverão detalhar declarações de bens a partir desta segunda-feira, 20. Confira também a evolução patrimonial dos principais candidatos que disputam as eleições deste ano no Tocantins.
por Wesley Silas
A chapa mais rica que disputa a eleição deste ano ao governo e as duas vagas ao senado é a do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) que juntos os patrimônios dos três candidatos somam, aproximadamente, R$ 65 milhões.
Conforme a justiça Eleitoral, dentre os cinco candidatos ao governo que disputam a eleição no Tocantins, o candidato Carlos Amastha (PSB) foi o que declarou o maior patrimônio no valor de R$16.693.331,91. Em 2012 quando disputou a prefeitura de Palmas ele declarou patrimônio no valor de R$18.153.124,72 e nas eleições municipais de 2016 ele declarou ter R$ 21.093.095,53.
O segundo entre os mais ricos, aparece o governador que busca sua reeleição, Mauro Carlesse (PHS) que declarou à Justiça Eleitoral bens no valor de R$ R$1.806.334,90. Quando foi eleito em 2014 para deptuado estadual, Carlesse declarou ter patrimônio avaliado em R$35.273.800,00.
O terceiro mais rico é o candidato Cesar Simoni (PSL) no valor de R$ 1.598.861,13, que pela primeira vez disputa uma eleição. O candidato Márlon Reis (REDE) apresentou declaração de bens no valor de R$ 840.000,00. Em 2014 quando disputou a primeira eleição ao governo do Tocantins, Márlon Reis declarou ter R$1.080.000,00. A candidata do PSOL, Bernadete Aparecida não declarou patrimônio
Dentre os candidatos que disputam o senador, Ataídes Oliveira (PSDB) foi quem declarou o maior patrimônio avaliado em R$29.268.037,32, sendo que em 2010 ele declarou ter R$15.415.342,78 em bens. O segundo mais rico é o candidato que também concorre a reeleição ao senado, Vicentinho Alves (PR), que declarou em 2018 ter R$18.943.005,55 em bens. Na eleição de 2010, quando foi eleito ao senador, ele declarou ter R$ 9.600.717,68. O terceiro candidato mais rico que disputa o senado é ex-deputado, Antônio Jorge (PSL) com bens avaliados em R$12.261.525,19, sendo que na eleição de 2014 quando concorreu a deputado estadual ele declarou ter bens avaliados em R$1.649.337,87. O deputado federal Irajá Abreu (PSD) declarou nestas eleições ter R$5.237.731,19 em bens, sendo que na eleição de 2014, quando foi eleito a deputado federal, ele declarou ter R$5.750.552,90. O quinto candidato mais rico que disputa a eleição ao senador e o deputado estadual Paulo Mourão (PT) que declarou ter R$3.792.111,02 bem bens. Na eleição de 2014, quando concorreu o cargo de deputado estadual ele declarou à Justiça eleitoral ter R$1.424.321,62 em bens. O deputado federal César Halum (PRB) declarou ter R$2.761.791,72 em bens e nas eleições de 2014, quando foi eleito deputado federal, ele declarou ter R$660.341,66 em bens. O policial federal Farlei Meyer (PSL) declarou ter bens avaliado em R$1.050.000,00. É a primeira vez que ele disputada uma eleição. O candidato mais pobre que disputa a eleição ao senado no Tocantins é Melk Aires (PSOL) com bens avaliado em R$200.000,00, o mesmo valor que ele declarou na eleição de 2014 quando ele se candidatou ao cargo de vice-governador do Tocantins. Eduardo Gomes (SD), que assumirá o lugar de Siqueira campos não declarou a relação de bens.
Na corrida a federal, o candidato mais rico é o ex-governador e deputado federal Carlos Gaguim (DEM) com patrimônio declarado na justiça eleitoral no valor de R$12.748.904,40. Na eleição de 2006 quando disputou a estadual Gaguim declarou patrimônio no valor de R$1.419.232,59. Já a deputada federal, professora Dorinha (DEM) é a mais pobre com patrimônio no valor de R$73.432,03, em meio aos que buscam a reeleição na Câmara Federal.
Dentre os que disputam pela primeira vez um cargo ao parlamento federal, aparece o ex-deputado federal João Oliveira (PHS) com patrimônio avaliado em R$ 12 milhões. Quando entrou na politica, em 2006, ele declarou patrimônio no valor de R$281.476,94, o Coronel Jair (PSL) aparece entre os mais rico com bens avaliados em R$ R$7.828.511,60, enquanto a candidata Silene Borges (PHS) é a mais pobre com patrimônio avaliado em apenas R$ 305,74 em deposito bancário, numa desvantagem financeira enorme entre as mulheres e os homens que disputam a Câmara Federal em um momento em que há um grande desafio para o cumprimento da cota mínima dos 30% de candidaturas femininas exigidas por lei para que haja maior protagonismo das mulheres nos cargos eletivos.
Detalhar as declarações de bens
Os candidatos que se registraram para as eleições deste ano poderão, a partir da próxima segunda-feira (20), fazer a descrição dos bens que declararam à Justiça Eleitoral.
Segundo o TSE, as informações patrimoniais incluídas serão automaticamente exibidas no DivulgaCandContas, sistema utilizado pelo TSE para a divulgação das candidaturas e das prestações de contas dos candidatos e dos partidos políticos em todo o Brasil.
Para isso, cada TRE providenciará, já na segunda-feira (20), intimação via Processo Judicial Eletrônico (PJe) para que as legendas forneçam a descrição dos dados patrimoniais via SGIP.
O TSE entende que a complementação dessa informação, pelos partidos, amplia a transparência e o controle social sobre as informações prestadas.