Por Redação
Aconteceu na manhã dessa quarta-feira, em Brasília, o seminário de lançamento da TV 3.0 no Brasil. Em 2007, a televisão analógica deu lugar à televisão digital, o que representou um grande avanço tecnológico.
Agora com o lançamento da TV 3.0, a história se repete, com um grande salto de qualidade e de diversidade de novos serviços à disposição dos usuários. O projeto está sendo desenvolvido pelo governo federal em parceria com a iniciativa privada e a academia.
O que muda com o novo padrão?
Além da quantidade de pixels, a TV 3.0 promete melhorias de cor, nitidez e contraste, com a ajuda da tecnologia de dinâmica de alto alcance (High Dynamic Range).
O aprimoramento do som permitirá que o telespectador tenha a sensação de imersão ao assistir a programação.
A TV 3.0 também será mais interativa em aparelhos conectados à internet. Além da tradicional transmissão ao vivo, a nova TV aberta vai permitir acesso a conteúdos sob demanda, quando conectada em redes de banda larga.
É preciso ter acesso à internet para usar a TV 3.0?
Não será necessário ter acesso à internet para assistir à TV aberta pelo novo padrão. A TV aberta seguirá sendo gratuita, esclareceu o ministro das Comunicações.
Já em aparelhos conectados à internet, a TV 3.0 vai oferecer mais interatividade, incluindo conteúdos sob demanda, como streaming de vídeos e áudio, por aplicativos como aqueles usados em “smart TVs” (TVs inteligentes).
Quando a TV 3.0 entra em operação?
A previsão do governo é que o novo padrão comece a entrar em operação em 2025. No ano seguinte, em 2026, acontece a Copa do Mundo de futebol, evento que costuma aumentar a venda de televisores no país.
A TV 3.0 promete elevar a resolução das imagens transmitidas de Full HD (1920×1080 pixels) para 4K (3.840 x 2.160 pixels) ou até 8K (7.680 x 4.320 pixels).
Presidiu a mesa o ministro das Comunicações Juscelino Filho; com a participação do senador Eduardo Gomes presidente da CCDD – Comissão de Comunicação e Direito Digital; o presidente da EBC, Jean Lima representando o ministro Paulo Pimenta; Flávio Lara Resende presidente da ABERT e Márcio Novaes, presidente da ABRATEL.
O senador Eduardo Gomes ressaltou a importância do avanço da tecnologia unindo as empresas de televisão e as plataformas de internete e o impacto que isso terá na vida das pessoas. Defendeu a inclusão das tevês públicas no processo e colocou-se à disposição para colaborar com as discussões, na CCDD. Finalizando o evento, o ministro Juscelino Filho assinou portarias que autorizam a EBC a prestar serviços de rádio difusão em várias cidades de diferentes estados.
Em seu pronunciamento, discorreu sobre o trabalho desenvolvido em sua pasta, com foco em dotar a setor de televisão no Brasil com a tecnologia mais avançada no mundo.
“Esse momento é mais importante e significativo do que a mudança do sistema analógico para o digital. Representa a integração entre a televisão e a internete, melhorando significativamente sua qualidade e criando novas ferramentas que vão impactar a vida das pessoas. Estamos com o enorme desafio de levar a internete a todos rincões no país. Não existe inclusão social sem a inclusão digital”, finalizou.