Por Wesley Silas
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) de 2024 indicam que Tocantins atingiu 65,6% de sua população com alguma forma de rendimento, representando o maior índice desde 2012. O estado supera a média da Região Norte, mas fica ligeiramente abaixo da média nacional. O aumento na dependência de programas sociais e a redução no índice de Gini mostram mudanças significativas no panorama financeiro do estado. O levantamento do IBGE também mostrou o rendimento médio real domiciliar por pessoa, sendo que o tocantinense obteve R$ 1.725 na variável. O resultado deixou o estado com o maior valor entre as Unidades da Federação (UF) da Região Norte, que registrou média de R$ 1.319. No Brasil, a quantia foi maior, tendo média de R$ 2.020 por pessoa.

Principais Destaques
– População com Renda: 65,6% dos tocantinenses têm alguma forma de rendimento, acima da média da Região Norte (59,5%) e perto da média nacional (66,1%).
– Fontes de Renda:
– 41,6% da população obteve rendimento de trabalho.
– 25,7% tiveram rendimentos de outras fontes, incluindo aposentadorias e pensões.
– Crescimento nos Programas Sociais:
– 10,9% da população depende de programas sociais, um aumento significativo desde 2019, quando era de 8,4%.
– Rendimento Médio: O rendimento médio mensal real é de R$ 2.630, com as principais fontes variando entre trabalho e programas sociais.
– Desigualdade e Índice de Gini: O índice de Gini do Tocantins caiu para 0,459, evidenciando uma leve melhoria na distribuição de renda.

Análise Aprofundada
O estado mais novo do país registrou uma tendência vista nacionalmente, a do aumento da faixa da população que tem como rendimento algum programa social do governo. Em 2019, o Tocantins tinha 8,4% dos habitantes nessa condição e, em 2024, o número foi elevado para 10,9% no último levantamento.
1. Comparativo de Renda:
– Tocantins apresenta o maior rendimento médio per capita da Região Norte (R$ 1.725), embora ainda abaixo da média nacional (R$ 2.020).
– Rendimento médio de domicílios que recebem programas sociais foi inferior aos que não recibiam (R$ 745 contra R$ 2.132).
2. Evolução Pós-Pandemia:
– O aumento de 9,4% no rendimento dos 40% da população com menores rendimentos, que passou de R$ 510 para R$ 558, indica uma leve recuperação econômica.
3. Programas Sociais:
– 23,1% dos domicílios tocantinenses recebem Bolsa Família, com uma leve diminuição em relação ao ano anterior, enquanto o Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) cresceu.

Os dados de 2024 da PNAD-C revelam avanços em termos de renda e uma leve melhoria na desigualdade em Tocantins. A dependência de programas sociais, no entanto, requer atenção contínua para garantir que o crescimento econômico não seja apenas um fenômeno temporário, mas uma tendência sustentável que beneficie todos os segmentos da população.
Fonte: Superintendência Estadual do IBGE no Tocantins
Seção de Documentação e Disseminação de Informações