O CRESS/TO declarou apoio à campanha de visibilidade lésbica#merecusoaserinvisível. A ação é realizada pelo Coletivo LésBitoca em parceria com o Canal Mim dá um Real, Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Liga Brasileira de Lésbicas do Tocantins e Articulação Brasileira de Lésbicas.O objetivo da campanha é valorizar lésbicas quem têm sua orientação sexual declarada socialmente.
Para a assistente social, professora universitária e militante do Coletivo LésBiToca, Bruna Andrade Irineu, existem dificuldades de assumir a lesbinidade em uma sociedade machista, sexista e lesbofóbica. Ela acredita que coletivamente este público possui a capacidade de lutar pelos seus direitos e destacou o papel do assistente social no atendimento destas mulheres. “Especialmente no que tange a agenda de militância lésbica, é importante que o assistente social atue no reconhecimento das lésbicas enquanto população que sofre violências específicas, por ser mulher e por ser lésbica, e que possui especificidades de atendimento na saúde, trabalho e assistência social, por exemplo”, afirmou.
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A militante destacou ainda que o serviço social é uma das categorias profissionais mais progressistas no âmbito dos direitos humanos LGBT no país e reconhece a importância do nome social das pessoas travestis e transexuais (na Resolução CFESS 615/2011), além da campanha intitulada – O amor fala todas as línguas. “Estabelece normas vedando condutas discriminatórias ou preconceituosas, por orientação e expressão sexual por pessoas do mesmo sexo, no exercício profissional do assistente social”, enfatizou.
No Tocantins foi criado um Plano Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), elaborado em comissão mista (sociedade civil e poder público), revogado em 2014. O plano não foi aprovado, mesmo com recomendação do Conselho Estadual de Direitos Humanos e da Comissão Estadual de Defesa dos Direitos LGBT que está vinculada à Secretaria de Defesa e Proteção Social (SEDPS), situação que o CRESS repudia de forma veementemente.
Data
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica foi criado no 1º Seminário Nacional de Lésbicas, que aconteceu em 29 de agosto de 1996, um registro fundamental da luta de mulheres que têm seus direitos violados pela conjugação de preconceitos históricos no Brasil. Neste domingo, 30 será realizado em alusão a data um piquenique no Parque Cesamar, ás 17 h.
Sobre o Coletivo LésBiToca
O Coletivo LésBiToca nasceu em maio de 2014, com objetivo de reunir lésbicas e mulheres bissexuais em torno de suas demandas em Tocantins. O grupo é formdado por mulheres que já participavam de militância em redes nacionais de lésbicas, coletivos feministas ou em grupos universitários de diversidade sexual.