No dia 20 de abril, data em que o Tocantins alcançou 35 casos confirmados, a servidora pública estadual, Wilma Lúcia N. Silva, chegou a dar uma entrevista ao Portal Atitude comunicando que teria passado uns dias em Gurupi e depois, quando retornou a Palmas, ela teve que se internar no Hospital Geral de Palmas com um embolia pulmonar e assim foi confirmado positivo para Covid-19. Apesar de possuir residência em Gurupi ela mora em Palmas onde contraiu a Covid-19 e recebeu alta no dia 09 de maio.
por Wesley Silas
A servidora do Naturatins, Wilma Lúcia N. Silva, é uma das 656 pessoas recuperadas da Covid-19 no Tocantins entre os 2.591 casos confirmados, conforme informou neste domingo o 70º boletim epidemiológico da Covid-19 no Tocantins.
Ela relata que depois que recebeu alta do Hospital Geral de Palmas ela seguia um ritual para poder se alimentar e quando se dirigia a um Supermercado na sua vizinhança, entregava, de dentro do veículo, a lista de compra e o seu cartão com a senha para um funcionário fazer suas compras, mas depois que ela ficou segura e tentou entrar no estabelecimento começaram os preconceitos.
“Fui alegre para o Supermercado para fazer minhas compras como costumava fazer porque temos nossas manias e gostamos de batatas médias, cebolas pequenas e o cara se plantou na porta do Supermercado (impedindo ela entrar) e eu não insisti por vergonha das pessoas que estavam passando e olhando”, disse Wilma Lúcia N. Silva.
Segundo a servidora, depois da recuperação da Covid-19 ela não conseguiu faxineira e até mesmo o lavajato passou a negar fazer limpeza do seu veículo. “Estou sem faxineira, a manicure não vem mais fazer minha unha, sendo que eu ganhei alta no dia 09 de maio e hoje não saio mais nas ruas. Estou cansada de tanto ficar em casa e por isso começa dor no corpo, minhas pernas ficam pesadas de tanto ficar paralisada dentro de casa. Quando tenho que comprar alguma coisa eu vou em outro supermercado longe do lugar onde eu moro e que ninguém me conhece. Eu uso máscara, apesar de não precisar usar mais”, relata.
Para a servidora um dos motivos dos preconceitos são as teorias infundadas sobre a Covid-19 compartilhadas amplamente nas redes sociais no momento em que a pandemia cresce em todo estado e assim ninguém está livre de ser contaminada.
“Tudo isso é culpa da desinformação. Vejo hoje tantas verdades antagônicas e assim estes ‘novos especialistas’ confundem e amedrontam as pessoas”, disse.