A reportagem do Portal Atitude teve acesso a decisão referente a três representações apresentadas pela Polícia Federal da qual foram expedidos mandados para apreender 47 aeronaves, sequestro de 13 fazendas e de cerca de 10 mil cabeças de gado e 54 mandados de prisão nos estados de Tocantins, Goiás, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal. Confira também o infográfico produzido pela Polícia Federal que mostra como era formada a organização criminosa liderada por João Soares Rocha e Evandro Geraldo Rocha Reis e seus comparsas e modus operandi.
por Wesley Silas
A região sul do Tocantins, em especial a zona rural de Formoso do Araguaia e Dueré fazem parte do esquema de organizações criminosas (ORCRIM) que agem no tráfico internacional de drogas. Nos anos de 2017 e 2018 dois casos chamara a atenção. O primeiro aconteceu no dia 30 de setembro de 2017 quando gentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais de Gurupi (Deic/sul), apreenderam 318,1 quilos de cocaína pura em uma fazenda entre os município de Formoso do Araguaia e Dueré em uma pista clandestina que estava servindo para o tráfico de drogas. Os acusados foram condenados em maio de 2018 e usaram uma aeronave marca Embraer, modelo Sêneca EMB-810C, prefixo PT-ERZ.
O segundo caso aconteceu no dia 12 de julho de 2018, quando a Polícia Federal em uma operação conjunta com as Polícias Militar e Civil do Tocantins apreenderam no aeroporto de Formoso do Araguaia uma aeronave com quase 300 de cloridrato de cocaína seriam entregues em uma fazenda na beira de um rio, sentido ao município de Peixe e prenderam os pilotos de Formoso do Araguaia, Murilo Ribeiro e Lucas de Oliveira.
Estes dois pilotos, Murilo Ribeiro e Lucas de Oliveira, aparecem na relação das pessoas envolvidas Operação Flak que desarticulou pela Polícia Federal o financeiro da organização criminosa especializada no transporte aéreo de grandes quantidades de drogas, trazidas da Venezuela, Colômbia e Bolívia, para o Brasil, Estados Unidos e Europa.
Conforme as representações apresentadas pela Polícia Federal à Justiça Federal as investigações duraram mais de dois anos que permitiram provas para apreensões em flagrante de drogas, aeronaves, celulares, documentos, dinheiro e aparelhos GPS. Participaram das investigações instituições e órgãos governamentais, nacionais e internacionais – com destaque para a agência americana DEA [Drug Enforcement Administration] e a agência surinamesa CTIU [Counter Terrorism Intelligence Unit]). Apontou ainda que a ORCRIM arquitetou-se por mais de uma “década e continua em plena atividade, possuindo capacidade técnica e poder financeiro suficientes para operacionalizar o transporte transnacional de drogas” e os primeiros indicativos de que a organização atua no narcotráfico surgiram no ano de 1999.
Infográfico produzido pela Polícia Federal que mostra como era formada a organização criminosa liderada por João Soares Rocha e Evandro Geraldo Rocha Reis e seus comparsas e modus operandi.
Confira estrutura ORCRIM que tinha no comando João Soares Rocha que atuava nos núcleos logístico, aeronáutico, mecânico e no núcleo varejista no transporte e de distribuição transnacional de cocaína e que tinha Formoso do Araguaia como rota de tráfico internacional.
Os nomes de Murillo Ribeiro de Souza Costa e Lucas de Oliveira Penha são citado pela Polícia Federal como participante da Organização Criminosa, conforme mostra abaixo Organograma elaborado pela Polícia Federal: