A gestão do prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner da Gráfica, mais uma fez foi alvo de protesto de professores devido a atraso no pagamento de salários, falta de cumprimento de negociações, progressões e falta de pagamento dos pensionistas e auxílio doença devido ao Instituto de Previdência FormosoPrev falido. Para piorar, parece que a gestão municipal segue a risca as Leis de Murphy quando diz que “nada é tão ruim que não possa piorar”, pois nesta quinta-feira, 12, por falta de manutenção caiu parte do telhado do auditório da escola Escola Municipal Henrique Pereira logo após o recreio.
por Wesley Silas
Na última terça-feira, 11, professores da rede municipal de educação saíram as ruas de Formoso do Araguaia para reivindicar o fim dos atrasos nos pagamentos; pagamento de todos os retroativos atrasados; efetivação das Progressões Verticais para todos os profissionais da educação municipal; correção da tabela de salários atual; regularização dos débitos com Instituto de previdência.
“O nosso maior motivo entre as reivindicações são atrasos nas negociações e piso salário que temos desde 2017 que foi dividido em 10 parcelas e só pagam atrasada e agora mesmo estamos com dois meses atrasados, os pagamentos dos salários eram feitos todo os dias 30 e eles estão atrasando e já tem três meses que eles são pagam depois do dia 10 e do administrativo às vezes pagam dia 20 e o 13º salário era pago na datas de aniversários e de junho para cá ninguém mais recebeu. Então, está virando uma bola de neve porque o três repasses do Fundeb entram e dariam para pagar o pessoal e neste mês eles nos pagaram no dia 11 que era o dinheiro para pagar o mês de dezembro”, disse a representante do Sintet em Formoso, professora Maria do Carmo Rocha Veras.
Segundo Maria do Carmo os professores sacrificaram para mudanças administrativas na Secretária de Educação que reduziu o número de servidores e diminuição da carga horária dos professores para pagar seus direitos. Ela afirmou que depois de uma consultoria o valor da folha com os professores caiu R$ mais de R$ 200 mil, pois antes era R$ 700 mil e atualmente chega a R$ 440 mil, mas, apesar do sacrifício os acordos não foram cumpridos.
“Eles fizeram uma consultoria na educação onde a secretária de educação alegou que era para diminuir gastos para poder dar as nossas progressões, pois temos professores que tem mais de 15 anos que eram para receber progressões e não recebem e tem alguns que tem mais de R$ 200 mil prejuízo. Após esta consultoria eles pegaram lugar que tinha cinco pessoas e colocaram só uma para resolver o trabalho e todo mundo fez sacrifício com a esperança que tivéssemos as nossas progressões e estamos em dezembro e nada”, disse a professora.
Parte de telhado de escola cai
A situação não encontra-se ruim apenas no cumprimento dos direitos dos professores, outro problema é a falta de manutenção dos prédios das escolas que por pouco não provocou uma tragédia na tarde desta quinta-feira, 13, com a queda do telhado da Escola Municipal Henrique Pereira.
“Neste período chuvoso a Escola começou aparecer rachaduras, mas eles não deram muita atenção, conforme uma aluno da escola me falou, e quando foi hoje a parte do auditório que fica entre um pavilhão e outro caiu. A sorte foi que tinha acabado de acontecer o recreio e as crianças tinham entrado para as salas”, disse a professora.
A reportagem do Portal Atitude tentou ouvir o prefeito Wagner da Gráfica e a Secretária de Educação Adriana de Sousa Milhomem, mas não conseguiu e deixa o espaço do contraditório aberto para manifestação dos representantes do município.