Na manhã desta quarta-feira, 22, a Polícia Federal começou a cumprir mandados de prisão temporária e 09 busca e apreensão na segunda fase de operação Famulus.
por Wesley Silas
A Polícia Federal investiga um grupo de criminosos especialista em fraude contra a INSS e o golpe pode chegar a cifra de R$ 4 milhões.
Desta vez mais um advogado de Gurupi faz parte dos mandados de prisão que a PF esta cumprindo na cidade e a operação envolve as cidades de Gurupi, Alvorada, Formoso do Araguaia, Araguaçu, Palmeirópolis e Paranã. O foco das investigações é a advogada Débora Regina Macedo Moura que possui um escritório especializado na área da Previdência e o servidor do Fórum de Alvorada, Íris Floriano.
“Trata-se de investigação que há mais de dois anos não concluiu a minha culpa. Jamais neguei a prestar esclarecimentos e documentos à investigação. Possuo residência e domicílio profissional fixo há mais de 10 anos, e as autoridades estão fazendo o seu papel de investigação”, disse a advogada ao G1.
No entanto, o Tribunal de Justiça não se manifestou sobre o assunto, por encontrar em fase de investigação.
Denúncias de advogados de Gurupi sobre fraudar benefícios previdenciários tem ocupado as manchetes dos jornais. Um exemplo foi a operação ANDJEY, uma referência ao deus egípcio da morte, ocorrida em novembro de 2015 que levou a prisão de duas advogadas que possuíam escritórios em Gurupi e Paraíso do Tocantins e um servidor do INSS por falsificarem documentação de pessoas mortas para que fossem concedidas pensões por morte de trabalhador rural aos filhos, dependentes e cônjuges do segurado falecido.
Na operação de hoje, a PF informou que os investigados deram entradas em pedidos junto ao INSS sem os documentos necessários com a intenção dos benefícios serem indeferidos e assim eles pudessem pleitear na Justiça Estadual ou Federal e assim entra o servidor do Fórum de Alvorada que, supostamente, favorecia decisão favoráveis aos clientes.
Todos investigados presos ficaram presos no Presídio Agrícola de Cariri e deverão responder na justiça pelos crimes de estelionato previdenciário, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, associação criminosa e sonegação fiscal.