O caso já foi denunciado no Ministério Público, na prefeitura e hoje o empresário Amauri Soares resolveu postar algumas imagens nas redes sociais, repercutida em centenas de comentários, maioria com criticas ao poder público por não tomar medidas para solucionar o problema de um morador de rua com perfil de pessoa com problemas psicológico.
Flávio mora sob a marquise de uma loja abandonada na esquina da Avenida Pará com a Rua 05, entres as agências dos Bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal.
“Ele vive neste lugar, sem nenhum pingo de higiene, correndo riscos de vândalos fazer algo de ruim com ele, passando fome, frio e qualquer outra necessidade que todos nós seres humanos temos. Será que nossas autoridades (vereadores, assessores, assistentes sociais e prefeito) não podem fazer nada por ele? Será que é tão difícil assim? Fico pensando porque ninguém não faz nada?”, postou em empresário.
A falta de higiene também foi lembrada pelo empresário. “Ao redor dele está com mau cheiro, por causa dos restos de comida e de entulhos que são deixados por ele no local que vive. Será que esse cidadão queria uma vida dessas para ele?”, acrescentou o empresário.
De acordo com a Assistente Social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Maria Aparecida Coelho, conhecida como Marika, o Ministério Público já enviou três recomendações para retirada do morador de rua.
“O Ministério Público mandou recomendação para a Secretaria de Ação Social solicitando verificar a situação. Já fomos três vezes e formos mal recebidos. Ele não diz coisa por coisa e correu atrás da gente e nos mandou a procurar o que fazer. Na segunda vez chamei um colega e ele não deu abertura. Depois o Ministério Público tornou a nos acionar e formos novamente e formos fazer a triagem com ele e quando chegamos no local ele nos agrediu novamente. Agora pedimos, não só ao Ministério Público, mas para toda sociedade tomarmos uma decisão, pois podemos até ir lá, mas não estamos tendo resultados satisfatório. Tem que ter uma camisa de força e levar este homem para o hospital para depois localizar a família dele”, explicou Marika.
Bate boca
Dentre os comentário, dois chamaram a atenção. O primeiro do vereador da oposição, Gleydson Nato que citou um caso quando ele trabalhava na Ação Social.
“Em Gurupi, há alguns anos atrás, tinha um caso parecido de uma senhora que ficava na rua 5 entre avenidas Para e Mato Grosso entre o Banco do Brasil e Banco do Basa. Trabalhávamos na Ação Social do Município de Gurupi e resolvemos o caso acima citado. Só acho que a Ação Social do Município já deveria ter tomado uma providência porque lá além de recurso existe toda uma equipe para dar total suporte em busca de tratamento para o mesmo”, disse o vereador.
Em seguida a Secretária de Ação Social saiu em defesa da sua equipe. “A Secretaria do Trabalho e Assistência Social continua fazendo este mesmo trabalho de sua época e com muito êxito graça a Deus. O problema para nós é que a própria Polícia Militar, Ministério Público já tentaram através de nossa equipe técnica por várias vezes; mas ele é muito agressivo e não quer ajuda e a equipe até pedra já ganhou dele, pois o mesmo esta irredutível não quer sair das ruas. Ajuda foi oferecido, mas, infelizmente, esse caso temos que nos unir, Poder Público, Justiça e Polícia para tentar achar uma alternativa. Em momento algum fugimos de nossas responsabilidades, tenho laudos sociais das técnica e dos acompanhamentos feito pelo CREAS em que ele relata que gosta da vida que leva e não quer sair dela”, disse a secretária.
Segundo relatos de comerciantes, o morador de rua Flávio vive dos restos de comidas jogada no lixo dos restaurantes e tem momentos de lucidez, mas em outras ocasião já colocou em risco as pessoas que passavam no local, com agressões a motoristas de veículos no semáforo e, em um dos casos ele correu em direção de um casal e acertou uma pedra na cabeça do homem.
“Esta sandália que ele está usando eu comprei e dei de presente de Natal, pois ele usava uma quebrada e emendada com sacola plástica. Quando eu estava comprando a sandália para ele uma mulher que eu não sei quem era me disse que ele não o receberia. Fiz o teste, levei e desejei Feliz Natal e ele me agradeceu dizendo pra você também”, comentou Maria Cecília Fernandes de Souza.