A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, por meio da Diretoria Municipal de Meio Ambiente (DIMA), publicou em fevereiro uma nota técnica informativa orientando sobre a substituição e proibição da espécie Nim Indiano (Azadirachta indica A. Juss). A nota orienta, que essa espécie seja substituída por espécies vegetais nativas dos biomas do Tocantins e proíbe o plantio de novas mudas dessas árvores na cidade, conforme estabelece a Lei Estadual nº 4540/2024. de autoria do deputado estadual Professor Júnior Geo (PSDB)
Por Redação
Estudos científicos indicam que essa espécie exótica de origem asiática apresenta impactos negativos ao meio ambiente, especialmente às populações de abelhas Apis mellifera, agentes essenciais para a polinização e manutenção da biodiversidade.

Além disso, o crescimento do sistema radicular do Nim Indiano ocorre de forma proporcional à sua copa, o que pode ocasionar danos a calçadas, muros e tubulações. Dessa forma, considerando os impactos ambientais e estruturais dessa espécie, a Diretoria de Meio Ambiente propõe um programa de substituição gradativa das árvores de Nim Indiano por espécies nativas do Cerrado.
Lei Estadual nº 4540/2024 incentiva o plantio de espécies vegetais nativas dos biomas do Tocantins em substituição à plantação de Nim Indiano para arborização urbana e reflorestamento.
Substituição de mudas
O diretor de Meio Ambiente, Diego Rocha, explica que esse trabalho gradativo será realizado em parceria com a Agência Gurupiense de Desenvolvimento, por meio do Viveiro Municipal, que fará a doação de mudas nativas. Ele destaca que inicialmente é um trabalho de conscientização e que serão priorizadas as substituições em áreas próximas a matas nativas e a região de criação de abelhas.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Wilson Souza, destaca que o objetivo da proposta é preservar a identidade ecológica do município, proteger a biodiversidade e incentivar uma arborização urbana sustentável e reforça a importância da participação da população nesse processo.
Década de 80
O Nim foi introduzido no Brasil na década de 1980. O cultivo da espécie e sua proliferação já representam uma ameaça real à biodiversidade, notadamente do bioma caatinga, visto que está provocando prejuízos a outras espécies vegetais e até animais, vez que possui também propriedades repelentes.