As denúncias sobre uma suposta epidemia de Tuberculose na cadeia Pública de Colinas foram feitas pelo Centro de Direitos Humanos de Cristalândia. O caso fez com que a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) impedisse, via decisão judicial, provisoriamente, a receber presos, bem como permitir visitas, tanto íntimas quanto sociais. A Seciju alega que cinco presos confirmados com tuberculose, no universo de 97 reeducando.
por Wesley Silas
Segundo o Assessor Educacional do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia, Célio Roberto Pereira de Souza, os presos estavam em celas superlotadas, sem visitas de familiares, sem medicação e “os mais afetados são colocados em um cubículo, desprovido de ventilação. Com pouca ventilação, muitos já demonstram, à olhos nus, as costelas e as clavículas que salientes”, disse.
O representante do Centro de Direitos Humanos, alega há meses foram sonegadas consultas médicas e faltou viatura para conduzir os presos e na cadeia que aloja 97 reeducandos é desprovida de enfermaria e local de isolamento arejado.
“Agentes do sistema prisional, com máscaras e luvas, sofrem pelos autos riscos de contaminação, além de advogados e outros provisionais que ali transitam”, pontua o Centro de Direitos Humanos de Cristalândia.
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Em nota, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário e Prisional, informou que a Cadeia Pública de Colinas está impedida provisoriamente, desde esta quarta-feira, 16, por 30 dias, de receber presos, bem como permitir visitas, tanto íntimas quanto sociais.
“A determinação do juiz de Direito daquela Vara Criminal, Marcelo Eliseu Rostirolla, deve-se a alguns casos de tuberculose diagnosticados na unidade prisional”, informou.
Segundo a Seciju, a unidade mantém atualmente 97 reeducandos e “todos estão fazendo exames médicos. Os sintomas da tuberculose foram confirmados em cinco deles, que já estão em tratamento”, disse.
Informou ainda que “além da Seciju, a Secretaria Estadual de Segurança Pública, bem como o Tribunal de Justiça e sua Corregedoria Geral de Justiça, a Defensoria Pública, o Ministério Público e as delegacias de polícia foram informadas sobre a situação”, pontua a nota.
A esses órgãos, o magistrado determinou que em caso de prisões em flagrante deverão as autoridades consultar a Seciju sobre a disponibilidade de vagas em outras casas penais, até que a presente situação seja normalizada.