Na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, gerida pela Intensicare, quase 100 bebês já foram beneficiados, do ano passado até este domingo, 1º de abril, com as redinhas de balanço terapêuticas nas incubadoras.
por Redação
Iniciado em maio de 2017 na UTI Neo da Intensicare no IOP, o método também foi disponibilizado aos pequenos pacientes da maternidade pública do Estado e tem apresentado resultados cada vez mais positivos no desenvolvimento dos prematuros internados na UTI.
De acordo com João Paulo Arruda de Oliveira, fisioterapeuta supervisor da UTI Neonatal da Intensicare no Dona Regina, as redes nas incubadoras assemelham-se à posição intrauterina. “Estar na redinha dentro da incubadora, para o bebê, é semelhante a estar no útero ou até no colinho da mãe. As redes são confeccionadas com material artesanal, de tecido de algodão macio, suas extremidades são fixadas na parte superior da incubadora e são reguladas de forma individual para cada paciente. O bebezinho pode ser posicionado com a barriguinha para cima ou em posição lateral, sempre mantendo a posição neutra da cabeça, fazendo com que os braços, pernas e o tronco do bebê estejam semelhantes a como ficam no útero, em posição flexora, e isso traz vários benefícios ao bebê”, explica o fisioterapeuta.
Conforme João Paulo, o método foi criado na Austrália e adotado por vários hospitais do Brasil. A redinha auxilia ainda a aumentar o vínculo entre os pais e seus filhos, que tem o laço de união brevemente interrompido quando a criança nasce prematuramente e precisa ser internada na UTI. A técnica traz estímulos táteis, sensoriais, motores, o que influencia diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê.
“A rede terapêutica traz vários benefícios ao bebezinho, entre eles o método estimula o sistema neuropsicomotor, reduz o estresse do prematuro e, consequentemente, traz uma melhora na qualidade do sono da criança, diminui o gasto da reserva energética do bebê, o que auxilia no ganho de peso, também proporciona a melhora da frequência cardíaca e função respiratória, entre outras melhorias”, diz o fisioterapeuta.
O método é um complemento às terapias médicas tradicionais, que beneficia pacientes que apresentam estabilidade clínica e estão em ganho de peso. As redinhas receberam grande aceitação das mães, como a dona de casa Francisca Célia Ribeiro, que está com seu bebezinho recém-nascido internado na UTI do Dona Regina para se recuperar de uma cirurgia de hérnia realizada logo após o nascimento. “A redinha é com certeza algo inovador, a gente percebe como os bebês gostam, como se sentem melhor. Sou totalmente a favor de tudo que for para melhorar as condições dos nossos filhos. E a gente vê o cuidado que as equipes da UTI tem em tudo que vão fazer, eles sempre estão inovando e trazendo técnicas para beneficiarem os bebês”, elogia a mãe.