De acordo com o servidor Marcos Pessoa, a Adapec encontra-se sucateada e falta produtos essenciais como combustível, computador, internet, material de expediente e limpeza. “Estamos fazendo esta greve porque esgotamos todas as possibilidades de estar buscando um diálogo e vale destacar que a greve é muito séria”, disse o representante do Sindicato dos Profissionais de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (SINDAGRO) em Gurupi, Marcos Pessoa.
por Wesley Silas
Faltando apenas 15 dias para o início da campanha de vacinação contra aftosa, servidores Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) cruzaram os braços em busca por melhorias nas condições de trabalho.
“A Agência está sucateada, não existe estrutura e, quando eu fala de estrutura, são os prédios em todo o estado. Falta de automóveis, falta de equipamento para trabalhar, estamos com computadores sucateados, cadeiras rasgadas sem condições de fazer atendimentos, muitas vezes falta combustível para trabalharmos, falta também capacitação e material para trabalho. Então, as nossas reivindicação vão ao encontro da necessidade de melhorar a estrutura tanto física quanto financeira, inclusive nós temos um ressarcimento dos valores que gastamos para poder trabalhar e todos os meses o Governo deveria nos repassar, mas está atrasado há três meses”, explica Marcos Pessoa.
Segundo o representante do SINDAGRO a greve foi provocada pela falta de soluções para problemas estruturais que a Agência enfrenta, assim como a falta de planejamento o que deixou os servidores em uma situação complicada e a paralisação poderá desencadear sérios prejuízos para a agropecuária do Estado. Segundo Marcos Pessoa o Sindicato tentou por várias vezes debater com o secretário da Agricultura e com o Governo sobre os problemas que sempre são preteridos.
“Estamos fazendo esta greve porque esgotamos todas as possibilidades de estar buscando um diálogo e vale destacar que a greve é muito séria porque temos exemplo como em Piauí [Estado fronteira] de casos de peste suína clássica e abrindo as barreira fixas, devido o pessoal estar em greve, vão permitir entrar com animais de uma zona que tem peste suína clássica para o nosso Estado. A consequência disso é grave, caso entre animais do Piauí no Tocantins, e for constatado que existe a peste suína clássica em nosso Estado, deixaremos de ser exportador de carne suína. Tudo isso sem contar a parte dos bovino porque o nosso trabalho gera um impacto muito grande na economia do Estado, que é baseada na agropecuária”, concluiu Pessoa.