“Com o natal temos também a oportunidade para pensar no ano que se finda, como fomos, o que fizemos, o que poderia ter sido melhor, quais foram os nossos vacilos e o que queremos ou precisamos para sermos melhores como humanos”, João Nunes.
João Nunes da Silva
Doutor em comunicação e cultura contemporâneas, Mestre em Sociologia e professor da UFT Campus de Arraias. Trabalha como projeto em cinema e educação
O natal é tempo de festa de confraternização; é a celebração do menino Deus, no cristianismo. Sim, ele é tido como o salvador para todos os cristãos; comemora-se, aquele que nasceu humano e que se dedicou à humanidade entregando sua própria vida pelo amor a todos.
O período natalino é muito especial; é uma festa muito linda, principalmente porque, entre outras coisas, reúne famílias e favorece momentos maravilhosos junto com as pessoas que amamos.
O natal, independente de ser uma festa cristã, pode se lembrado muito bem como uma data de todos os povos para comemorar a vida e o sentido de um Deus que nos ama; é um momento que nos remete a espiritualidade e, com certeza, proporciona vibrações positivas e momentos de paz e de luz.
Com o natal temos também a oportunidade para pensar no ano que se finda, como fomos, o que fizemos, o que poderia ter sido melhor, quais foram os nossos vacilos e o que queremos ou precisamos para sermos melhores como humanos.
O natal nos lembra muito bem o sentido da vida, da importância do perdão e a necessidade da firmeza para caminhar,
A exploração comercial que se dá nessa época nada tem a vê com o sentido natalino.
O homem deus que nasceu, como se crê, para nos ensinar, deixou claro quanto complexa e difícil é a vida e, por isso, a necessidade da espiritualidade para que possamos transcender e vislumbrar um mundo melhor e não nos apegarmos tanto as nossas fraquezas e medos.
O sentido do natal está na energia que nos proporciona, mas, não podemos ignorar a existência das outras religiões, os diversos deuses criados pelos humanos com vistas a encontrar alento diante de suas tribulações, seus medos, suas angustias e aflições.
A idéia de um deus que se fez humano para nos salvar serve, também, para pensar o quanto somos frágeis diante da grandeza da vida e dos seus desafios; por isso que não podemos ser intolerantes em relação às outras religiões, afinal, todas elas têm seu sentido e seu valor.
Aproveitemos as emanações natalinas para contribuir no sentido de construir um mundo melhor e mais justo, principalmente para não sermos tão individualistas e egoístas.