A rede pública de saúde acaba de incluir no calendário de vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) meninos de 12 a 13 anos. A iniciativa, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), é um passo importante para erradicar o vírus (HPV) e impedir o desenvolvimento de diversos tipos de câncer em homens e mulheres no futuro.
“O HPV é um vírus altamente contagioso, e a sua transmissão acontece principalmente pelo contato sexual. A vacinação, além de ser benéfica para o público masculino, contribuirá para a diminuição, nas mulheres, do câncer de colo do útero e vulva, uma vez que possibilita a diminuição da circulação do vírus na população”, diz Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.
No calendário de vacinação contra o HPV para 2017, também foram inclusos meninos e homens soropositivos de 9 a 26 anos, que tenham indicação médica. Outra mudança é que meninas que chegaram aos 14 anos sem a vacina também poderão se vacinar.
O esquema vacinal contra o HPV em meninos será o mesmo adotado no público feminino, sendo duas doses, com seis meses de intervalo entre elas.
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Já para os que vivem com HIV, serão três doses, com intervalo que variam entre dois e seis meses.
Com a iniciativa, o Ministério da Saúde espera imunizar mais de 3,6 milhões de meninos este ano, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV no Brasil. Já a faixa etária será ampliada gradativamente até 2020, período em que serão incluídos meninos de 9 a 13 anos
O Brasil é o primeiro país da América Latina e o sétimo no mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunização. Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já fazem a distribuição da dose para adolescentes do sexo masculino.