O perfil destas adolescentes não difere do quadro visto nos demais estabelecimentos socioeducativos no Brasil. Das sete socioeducandas que estão no Centro de Internação Provisória – CEIP CENTRAL, em Palmas. Atualmente, apenas duas estão com problemas de defasagem escolar, mas todas sabem da importância de permanecer estudando. “Eu havia parado de estudar, achava tudo muito chato, hoje eu sinto falta, aqui eu não falto um dia” destacou A.J.
Entre as atividades que exerciam de chegarem ao CEIP, destacam-se a pratica de esportes como futebol e voley. Destacaram também o acesso as redes sociais, esta última, com maior freqüência e algo que elas sentem muita falta durante este período em que estão internadas.
Vindas de um lar, na maioria das vezes desestruturado, a maioria delas morava com a mãe ou familiar antes de vir pro Centro de internação. Quando questionadas se têm filhos, as adolescentes respondem prontamente que não e frisam que são muito novas, D.R ainda acrescenta, “neste momento eu não estou dando conta de mim”, brinca a jovem.
Apesar da pouca idade essas adolescentes tem consciência que estão passando por uma fase difícil de suas vidas e que estão ali para cumprir uma determinação judicial visando a reparação pelo ato infracional praticado, mas estas circunstâncias não as impede de sonhar com uma profissão, a adolescente R.R por exemplo, pensa em ser advogada, R.S. gostaria de ser professora e D.R gostaria de ser atriz. J.M conseguiu por meio do programa Jovem Aprendiz um estágio numa construtora onde trabalhou até dezembro. Ela lembra que gostou da experiência de trabalhar, mas ainda não sabe que carreira vai seguir.
E entre sonhos e reflexões as adolescentes vão planejando seu futuro e sonhando com um mundo que as espera do outro lado dos muros do CEIP. Enquanto não saem, elas estudam e participam das atividades elaboradas pela equipe técnica que é composta por pedagogo, assistente social e psicólogo. Elas também são assistidas por enfermeiro, nutricionista e socioeducadores.
Em todo o Estado, existem atualmente 12 (doze) adolescentes do sexo feminino no Sistema Socioeducativo em Regime Fechado. Para as adolescentes que tem familiares em outro município a Secretaria de Defesa Social disponibiliza passagens para que seus familiares visitem-nas nos finais de semana, para assim, fortalecer os vínculos familiares.