por Wesley Silas
Em entrevista ao quadro “Conversa de Política” do jornalista Cleber Toledo, o ex-prefeito de Palmas falou pouco, mas deixou muitas informações que alimentam os bastidores da política do Tocantins.
Carlesse “colocou ordem na casa”
Um dos primeiros pontos que chamou atenção na entrevista foi quando Amastha destacou virtudes da gestão do governador afastado, Mauro Carlesse, citando recuperação de estradas, pagamento dos servidores e a construção da ponte de Porto Nacional.
“Se me perguntar o que eu posso elogiar. Sem dúvida ele colocou ordem na casa com pagamento do funcionalismo que vinha sofrendo e maltratado, alguma coisa de estradas porque todas as vezes que pego aquela estrada de Brejinho para Aliança vejo uma estrada daquela feita, também foi feito a de Palmas para Paraíso e teve o andamento da obra da ponte [Porto Nacional]. Então, tem algumas coisas que gente não pode deixar de elogiar, mas nada justifica o desmando com o dinheiro público”, disse. Depois completou: “A gente sabe que esta operação vai desdobrar e não sabemos como termina e se o Carlesse volta ou não volta”.
Sem restrições com Wanderlei, Dimas e Eduardo Gomes, mas o Laurez é o seu preferido
Em seguida ele deixou claro que o seu maior compromisso é com lideranças da região Sul do Tocantins, especificamente, os grupos do ex-prefeito Laurez Moreira e o do empresário Oswaldo Stival numa região onde ele poderá entrar como alternativa no vácuo de deputados estaduais e federais.
“Nós temos uma bancada federal e, obviamente, apoiar um candidato a governador que abrace os projeto que agente acrescentou à sociedade é muito importante. Eu disse naquela época que a gente não tinha nenhuma restrição do candidato Wanderlei a governador em que ele estava muito próximo ao Carlesse. Falei também que não tinha nenhuma restrição com o Ronaldo Dimas e muito menos com o Eduardo Gomes. Seu eu pudesse falar de um candidato preferido eu queria o Laurez porque tem todas as qualidades e temos uma aliança política por causa do [Oswaldo] Stival, do Eduardo Fortes que é muito forte na região e que a gente se sente muito à vontade”, disse. “Vamos tentar fazer esta conversa em grupo, mas a gente não tem restrições de projeto e, obrigatoriamente a gente tem que abraçar as bandeiras que a gente defende que são bandeiras do desenvolvimento do nosso estado”, acrescentou.
PSB sem candidatos com mandatos
Declarado como pré-candidato a deputado federal, Carlos Amastha disse que o seu partido não aceitará candidatos com mandato para disputar cargos de deputado federal e estadual.
“Vamos caminhar em 2022 sem candidatos com mandatos nem a estadual e nem a federal. Isso animou demais o grupo e anima demais pessoas que estão se ajuntando a nós e nossa chapa está indo muito bem, tanto para Estadual ou para Federal”
Fortalecer nas cidades do interior
Como presidente do PSB, ele defendeu que o seu partido poderá fazer dois deputados federais e até três deputados estaduais.
“A gente está juntando a força das grandes cidades com a força do interior”. Em seguida citou os nomes do ex-vereador Thiago Andrino e Eduardo Fortes como candidatos.
“Denúncias do MPF foram só narrativas”
Amastha comentou ainda sobre a denúncia da subprocuradora da República, Lindôra Araújo, do Supremo Tribunal de Justiça, onde ele é acusado pelo crime de lavagem de dinheiro numa investigação da Polícia Federal envolvendo o presidente da OAB, Gedeon Pitaluga para cobrir despesas no valor de R$ 150 mil nas eleições de 2016, com suspeita de pagamentos de propina ao desembargador afastado do Tribunal de Justiça do Tocantins, Ronaldo Eurípedes, no caso que envolve diversos processos judiciais sobre a licitação para coleta de lixo de Palmas. A subprocuradora citou ainda R$ 1,8 milhão depositado na conta de Amastha por depositários não identificados.
“Pela madrugada. Tem que ter um pouquinho de responsabilidade. Que coisa horrível você como político sempre ter a suspensão de que todo político é bandido. Não! Você nunca vai encontra conta minha e da minha família e nunca haverá uma prova ou indício de que usurpou dinheiro público. Nunca. A denúncia diz, sem nenhuma prova, uma narrativa de uma pessoa que eu não conheço […] numa narrativa de este desembargador era meu íntimo amigo e de que mandava no judiciário e de que o Dr. Gedeon tivesse pago alguma coisa para o meu advogado. Para o meu advogado ninguém paga na da porque quem paga sou eu e tenho dos contratos. O Dr. Gedeon em 2016 foi advogado do Raul Filho e que colocou o Raul Filho na disputa contra mim e ainda fala de uma movimentação suspeita de R$ 1,8 milhão na minha conta campanha. Suspeita de quê? Meu dinheiro ganho com o meu suor proveniente da venda do [Shopping] Capim Dourado na minha conta. Tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público Federal têm totais condições de saber a origem deste dinheiro e saber o que aconteceu com este dinheiro. Denunciar alguém por causa de uma narrativa é triste. Seu eu te mandasse o meu depoimento você iria ver que a minha narrativa não foi levada em conta e me desqualifica sem, absolutamente, nenhuma prova”, disse.
Confira abaixo a íntegra da entrevista apresentada no quarto “Conversa de Polícia” do jornalista Cleber Toledo: