Por Wesley Silas
No primeiro turno o ex-presidente Lula venceu as eleições no Tocantins com 57.259.504 (48,43%), enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) alcançou 51.072.345 (43,20%); agora no segundo turno da eleição que acontece no próximo dia 30 de outubro, Bolsonaro terá o desafio de tirar a diferença dos 6.187,159. Para isso, tem conseguido importantes apoios para a sua linha de frente com nomes fortes na política como governador eleito, Wanderlei Barbosa (Republicanos) que venceu a eleição 481.496 (58,14%) contra o bolsonarista, o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PL) que perdeu as eleições com 186.361 (22,50%). Conta também com o apoio da senadora eleita, professora Dorinha (UB) que surpreendeu no primeiro turno com 395.408 (50,42%), conseguiu apoio de todos os deputados federais eleitos pelo Tocantins nas eleições deste ano e do senador e líder de Bolsonaro no Congresso Nacional, Eduardo Gomes (PL), considerado entre os principais nomes para disputar a presidência do Senado.
Agora, o desafio do PT será manter o mesmo ou aumentar o porcentual de votos que o ex-presidente Lula teve no Tocantins. Para isso, ele tem na linha de frente o apoio do terceiro candidato ao governo mais bem votado, Paulo Mourão (PT) após alcançar apenas R$ 88.143 (10,64%), assim como da senadora Kátia Abreu (PP) que conseguiu convencer apenas 145.104 eleitores (18,50%), o ex-senador Vicentinho Alves que tem no outro lado da trincheira o seu filho, Vicentinho Júnior (PP) e para arrematar recebeu o apoio da deputada federal derrotada Dulce Miranda (MDB) e do seu esposo, o ex-governador e presidente do MDB Marcelo Miranda que foram atraídos à campanha de Lula pela candidata derrotada à presidência pelo seu partido, Simone Tebet.
Bolsonaro aposta nos candidatos eleitos para reverter os números
Nesta disputa de líderes para fortalecer a campanha no segundo turno, a grande aposta de Bolsonaro será reverter os números do segundo turno, não só em pequenos colégios eleitorais como no Tocantins, onde o seu partido (PL) conseguiu fazer a maior bancada do Senado Federal, com 13 senadores (08 eleitos nas eleições de 2022) — um salto de 11 senadores em relação ao início da legislatura atual, em 2019 e passará a ter 15 das 81 cadeiras do Senado na próxima legislatura, e conseguiu ainda eleger 99 deputados federais numa eleição em que toda ala da esquerda formada pelo PT, PCdoB e PV elegeu 138 parlamentares na Câmara dos Deputados.
Somam ainda as novas alianças como de lideranças como o senador eleito, Sergio Moro que se tornou símbolo da Lavajato, dos 09 governadores de estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte que declaram apoio a Bolsonaro, numa polarização em que Lula tem o forte apoio do Nordeste e se aliou a 06 novos governadores.
Neste cenário nebuloso, faltando 12 dias para a eleição presidências, o enigma é de como será o comportamento do eleitor nesta nova sociedade brasileira fragmentada por ideologias políticas, valores, crenças…