A deputada Josi Nunes (PMDB) e pré-candidata à federal, mostrou o seu ponto de vista sobre agregações partidárias envolvendo o PP na base governista, também sobre (in) ou elegibilidade de Marcelo Miranda. “Eu entendo que o quadro mudou e não temos ainda dados para entender”, disse Josi sobre Sandoval
Faltando um pouco mais de 20 dias para o início das convenções partidárias que neste ano acontecerá no período de 10 a 31 de junho; o fato é que a cada dia afunilam as candidaturas, tendo como último exemplo a desistência da candidatura de Roberto Pires (PP) – absorvida pela dinâmica dos acordos partidários do Palácio Araguaia.
De acordo com a deputada Josi Nunes, a desistência de Pires foi recebida com surpresa pela cúpula do PMDB. “Nós esperávamos que o PP pudesse está unido ao PMDB. Era uma grande expectativa nossa no momento em que buscamos a união de todos os partidos que faziam parte da oposição que esteve conosco na época do Gaguim. Apesar dos problemas que temos tínhamos grande esperança que na hora das convenções o PP e o PMDB pudessem está juntos”.
Com o acerto do PP na base do governo, Josi Nunes afirmou que o presidente do PMDB, Leomar Quintanilha juntamente com o ex-governador Marcelo Miranda têm buscado conversar com “alguns partidos”, dentre eles o PT. “Eu acompanhei o ex-governador Marcelo Miranda em uma visita ao PT, estávamos conversando com o PP, mas já tomou a decisão. O Leomar Quintanha tem procurado outros partidos para poderem estar agregando”, disse a deputada.
Para Josi Nunes a candidatura do procurador da República, Mário Lúcio Avelar (PPS) e do senador Ataídes Oliveria (PROS) pode ser indícios de que a eleição deste ano não fique polarizada, mas que o PMDB insistirá no diálogo. “Pelo que tenho observado tem uma perspectiva muito grande do Mário Lúcio, que se filiou no PPS, e tem o desejo de ser candidato. Eu conversei com o deputado Aragão sobre se o PROS iria compor com alguém, mas ele me disse que o Ataídes (senador) deseja ser candidato. Isso é natural neste momento, mas vamos continuar procurando o diálogo, pois PMDB já teve um primeiro entendimento entre Júnior Coimbra e Marcelo Miranda”.
No entendimento da deputada, os problemas internos do PMDB estão se acomodando com o tempo e, para isso foi feito um pacto entre os pré-candidatos ao governo do partido – deputado Júnior Coimbra e o ex-governador Marcelo Miranda. “O Júnior colocou o seu desejo de ser governador numa perspectiva se o Marcelo não puder; mas, na nossa avaliação, o Marcelo é candidato. Então este foi o entendimento”, disse.
Em seguida, questionamos sobre a possibilidade de Marcelo Miranda não sair candidato e ela afirmou que os autênticos não têm outro plano a não ser a candidatura de Miranda. “Não conversamos sobre isto porque a nossa perspectiva é o Marcelo. Então, ainda não pensamos em um outro plano porque o que nós temos é este único. O Marcelo não tem problema hoje e a gente não discutiu e nem pensou sobre uma outra possibilidade”, disse.
Candidatura Governista
A deputada disse que nas conversas com deputados da situação na Assembleia o sentimento é de incerteza quanto ao nome da candidatura governista ao Palácio Araguaía. “Eles não abrem muito e talvez nem saibam direito. Na nossa avaliação é que quando o Siqueira renunciou estava com a perspectiva do filho Eduardo Siqueira poder ser o candidato, principalmente a governador […] Agora falam que eles só vão entrar em processo com perspectiva e estão fazendo avaliações e o que se ouve muito na Assembleia é que agora o candidato é o Sandoval. Agora se for o Sandoval o que o Eduardo vai ser? Eu vi entrevista nos sites que ele poderia sair deputado Federal ou Estadual. São comentários que existem, mas nós não sabemos o que vai acontecer. Nós não sabemos se o Sandoval vai crescer, pois não temos nenhuma avaliação [pesquisa]. Eu entendo que o quadro mudou e não temos ainda dados para entender este quadro. Eu vejo que o Sandoval acaba tendo menos resistência do que o Eduardo. Cada hora é um comentário e eu nunca tinha visto uma coisa tão incerta em uma política como esta. Nós que estamos lá, tem horas que ficamos perdidos porque cada hora é uma história”, disse.
Para Josi, o racha dentro do PMDB, fez com que o partido fosse o principal responsável em divulgar a incerteza da candidatura de Marcelo Miranda. “Infelizmente, o próprio PMDB ajudou a divulgar que o Marcelo não podia e isso criou uma instabilidade política no nome dele. Agora o Marcelo está rebatendo para dar mais segurança às pessoas”, defendeu a deputada.