da redação
O ex-juiz Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, disse à coluna do jornalista Cleber Toledo, que o ex-governador Mauro Carlesse (Agir) não estará inelegível em 2024 por conta da decisão da 4ª Vara Federal do Tocantins. O juiz Adelmar Aires Pimenta decidiu condená-lo por utilizar bloqueador de frequência de sinais telefônicos no Palácio Araguaia, encontrado em junho de 2018 durante operação para investigar possíveis irregularidades cometidas na eleição suplementar daquele ano.
A decisão fixou como pena base 28 meses de detenção e 68 dias-multa (R$ 64,8 mil mais a correção), mas substituiu a pena privativa de liberdade por restritivas, sendo elas: a suspensão dos direitos políticos pelo mesmo prazo (2 anos e 4 meses) e R$ 13,2 mil de prestação pecuniária. O ex-governador também fica impedido de exercer qualquer cargo, função ou atividade pública, seja eletiva ou não.
Para Márlon, essa decisão não é colegiada – requisito necessário para a inelegibilidade – e o ex-juiz não acredita que o TRF1, a quem Carlesse deve recorrer, referende o entendimento da Justiça Federal do Tocantins a tempo para que o ex-governador se torne impedido de concorrer às eleições municipais por conta dessa sentença. O político é cogitado para disputar a Prefeitura de Gurupi.