Durante visita a Gurupi neste domingo, 13, a senadora Kátia Abreu falou ao Portal Atitude sobre reforma política, manifestando-se contra a proposta do Distritão, e sobre conversas que ela tem tido com lideranças da região, dentre elas o presidente da Assembleia, deputado Mauro Carlesse (PHS) e tucanas como prefeito Laurez Moreira que irá se filar amanhã e o presidente da siga, senador Ataídes Oliveira. “Vou trabalhar para que isso aconteça e convergir estas pessoas que são importantes”, disse a senadora.
por Wesley Silas
Durante o almoço Boi no Rolete, a senadora Kátia Abreu afirmou ao Portal Atitude que tem andando por todo Estado para construir sua candidatura ao governo do Tocantins.
“Apesar de estar longe e faltando, praticamente, um ano para que tudo isso possa se acertar e se conseguirmos viabilizar a nossa candidatura ao governo. Com a performance que eu tenho hoje mostrada nas pesquisas, eu acho que Gurupi e o sul do Estado vai ter a primeira oportunidade de ter uma governadora da região sul, pois já tivemos governador de Paraíso, de Araguaína, de Palmas com Gaguim, de Colinas com o Sandoval; mas nunca tivemos um governo da região Sul do Estado e, principalmente de Gurupi, que é a cidade polo da região”, defendeu.
A reportagem citou o problema da fragmentação das lideranças dos políticos da região sul em vários grupos que poderá prejudicar a representação política da região, num cenário onde a senadora possuiu o seu próprio grupo, enquanto a deputada Josi Nunes (PMDB) faz parte do grupo do governador Marcelo Miranda (PMDB), o presidente da Assembleia, deputado Mauro Carlesse com um grupo de deputados e o prefeito Laurez Moreira agora fará parte do grupo do senador Ataídes Oliveira.
“Quero contar com o apoio do Laurez, do senador Ataídes (PSDB), do deputado Mauro Carlesse (PHS) para que possamos juntar as forças e olhar em primeiro lugar o nosso Estado e a nossa região. Estou contando com isso e vou trabalhar para que isso aconteça para convergir estas pessoas que são importantes, tanto o Laurez que está muito bem na cidade fazendo muitas obras e trabalhando bem, o Mauro Carlesse que é presidente da Assembleia e foi candidato a prefeito da cidade e o senador Ataídes que tem um partido forte na mão e está se encorpando agora com a filiação de 20 prefeitos. Vejo isso de forma positiva”, disse sem citar o nome da deputada Josi Nunes.
A senadora afirmou ainda que tem trabalhado para que a convergência de interesses políticos entre os grupos de Laurez, Carlesse e Ataídes possa acontecer.
“Temos conversado bastante no senado para que a gente possa trabalhar no ano que vem e lá na frente a gente possa ver como estará a performance de todo mundo para tentarmos compor uma chapa”, disse a Kátia Abreu ao citar o senador Ataídes.
Em seguida disse que tem mantido diálogo com o presidente da Assembleia, deputado Mauro Carlesse; que assim como ela e o senador Ataídes, também pavimenta uma candidatura ao Palácio Araguaia.
“Com o Carlesse é a mesma coisas. Encontrei com ele em Augustinópolis, tenho falado com ele e marcamos um encontro para que possamos discutir estas questões, que não é o fechamento de chapa ainda, mas apenas de possibilidades. Eu acho que é natural que todos possam tentar uma candidatura e acho louvável. Porque quem é que vai escrever que a Kátia vai está em primeiro lugar em 2018? Pode ser que seja o Laurez, o Ataídes, o Mauro Carlesse e vamos ver ouvir o coração das pessoas até lá e tentar construir uma chapa”, disse.
Reforma política
A reforma política é um assunto que há décadas vem sido debatida no Brasil e que nos últimos dias alguns pontos estão sendo debatido no Congresso Nacional, dentre eles o financiamento político e o Distritão. Este último acaba com o quociente eleitoral, efeito conhecido como “Tirica”, aprovado na semana passada pela comissão especial da Câmara dos Deputados na semana passada.
“Eu não gosto do Distritão e acho que ele empodera os políticos que têm mandato e dificulta novos talentos a entrarem na política. Vai haver uma perda muito grande de votos na contagem sem aproveitamento de legendas, que as pessoas ficam revoltadas devido algum candidato que teve menos votos e se elegeu; mas isso acontece no mundo inteiro porque tem o aproveitamento do mais votado e também o aproveitamento de legendas, senão descaracteriza a importâncias do partido político e não existe democracia sem partido político. O distritão acaba com os partidos.
A senadora se posicionou também a favor do fundo para financiar as campanhas eleitorais com valores que podem chegar a R$ 3,6 bilhões e, diante a crise fiscal, a senadora sugere que uma das alternativas seria usar o dinheiro do horário eleitoral e das multas eleitorais.
“Eu acredito no financiamento público e acho que não deveria pegar dinheiro da União, deveria tirar do horário eleitoral gratuito de televisão, que é quase R$ 2 bilhões e as multas eleitorais do TRE poderiam ser todas convergidas para o fundo partidário”, sugeriu a senadora. Em seguida concluiu: “As pessoas têm que compreender que o horário gratuito de televisão não gratuito porque a União paga por este horário. Então, porque não dá este dinheiro para os políticos e quem quiser que contrate o seu horário na televisão e rádio, cada qual se vire com o seu e acho que seria uma grande sacada se nós fizéssemos desta forma”.