por Wesley Silas
O valor do ex-prefeito Laurez numa chapa como pré-candidato a governador ou vice-governador, era observado por muitos como um prefeito que foi eleito e reeleito em uma importante região, mostrou sucesso no segundo mandato da sua administração e funcionava como um antidoto anti-Mauro Carlesse. Diante das notícias amplamente divulgadas pela imprensa, o profético discurso do ex-prefeito de Gurupi em se candidatar ao governo do Tocantins iniciou junto com o anuncio de uma aliança perfeita com o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, unindo os principais representantes das regiões Norte e Sul.
Com o afastamento do ex-governador Mauro Carlesse (União Brasil), o grupo de Laurez se afastou de Dimas, se aproximou do governador Wanderlei Barbosa (Republicano), viu seu principal aliado, Gutierres Torquato, assumir o cargo de deputado Estadual, ignorou aliados e no apagar das luzes da janela partidária, o desfecho da participação de Laurez nas eleições deste ano continua aberto e incerto e a candidatura ao governo ou vice, poderá resultar numa candidatura a deputado federal com dificuldades de compor uma chapa forte com nomes que alcance o quociente eleitoral na faixa de 90 mil votos com limite de 09 candidatos a federal, praticamente, o mesmo número de votos válidos nos 18 municípios da região última eleição estadual. Vale lembrar que a legislação prevê que poderão concorrer as 08 cadeiras de deputado federal, apenas os partidos que alcançarem, pelo menos, 80% do quociente eleitoral e se nenhum partido alcançar o quociente serão eleitos os candidatos mais votados.
Em outras palavras, Laurez ainda não conseguiu formar uma base forte com prefeitos, vice-prefeito, vereadores e ex-vereadores e sua pré-candidatura ao governo e não deslanchou, ignorou a força política de companheiros, se afastou do grupo Stival, começou a montar seu próprio grupo de “confiança”, substituiu Eduardo Fortes pelo médico Maurício Nauar (PDT), ignorou o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), sua ex-aliada, senadora Kátia Abreu (PP) que passou a ser tratada como adversária e agora enfrentar resistência para ter seu nome indicado como vice na chapa do governador Wanderlei Barbosa (Republicano) que estará em Gurupi prestigiando o novo grupo que poderá ter um dos seus membros indicado como candidato a vice-governador.