Em um pronunciamento na tribuna do Senado nesta quarta-feira, 18, o senador Donizeti Nogueira (PT-TO) afirmou que o combate à corrupção nunca foi tão intenso e efetivo no país quanto nos governos Lula e Dilma. O senador ressaltou ainda que a campanha de ódio contra o governo Dilma tem como único objetivo o esquecimento de grandes casos de corrupção no país, que não foram solucionados, como o caso do Trensalão Paulista, cujos desvios chegam a pelo menos R$ 834 milhões.
“Durante o governo petista, as investigações de corrupção saltaram de 6 para 250 por ano, totalizando 2.226 operações especiais, graças à independência dada aos órgãos fiscalizadores, o que pode gerar uma sensação de que a corrupção está aumentando, quando na realidade, o que está aumentando é o combate à ela”. A afirmação do senador é confirmada por Ricardo Semler, que diz “A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento”, em seu artigo intitulado “Nunca se roubou tão pouco”.
O senador relembrou ainda que em 1989 o jornalista Ricardo Boechat ganhou um Prêmio Esso de jornalismo por denúncias de corrupção na Petrobrás. Em 1997, Paulo Francis denunciou corrupção na empresa e, ao invés de ter as denúncias investigadas, o jornalista foi processado pelos diretores de empresa, então presidida por João Rennó.
Em um aparte, a senadora Regina Sousa (PT-PI) conclamou os colegas a defenderem o financiamento público de campanha. “Não venham nos dizer que o povo é contra porque a população já sabe que o dinheiro que financia as campanhas hoje é público, fruto da sonegação fiscal ou do superfaturamento de obras públicas”, defendeu a senadora.
Donizeti Nogueira terminou seu discurso dizendo que o PT iniciou um processo de “desprivatização” de Estado, retirando a atenção pública dos ricos e direcionando-a ao combate à exclusão social e econômica da população brasileira e que por isso, há quem não perdoe o partido e busque formas de enfraquecê-lo.