da redação
O colunista Edson Rodrigues, do jornal O Paralelo 13, trouxe à tona, em sua coluna desta última quarta-feira (05) um cenário de descontentamento entre membros tradicionais do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Tocantins. O foco das críticas é o deputado federal Alexandre Guimarães, atual presidente do partido no estado e apadrinhado da influente família Barbalho do estado do Pará, que vem enfrentando acusações de priorizar ambições pessoais em detrimento do fortalecimento do partido.
Segundo Rodrigues, o estopim para a matéria foi um café da manhã realizado no domingo de carnaval, quando ele recebeu um político descrito como “emedebista histórico”. Durante o encontro, o tema central foi a preocupação com os rumos do MDB tocantinense sob a gestão de Guimarães. O líder partidário não poupou palavras ao expressar sua insatisfação, destacando que, até o momento, apenas quatro diretórios municipais do partido estão regularizados junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), um número considerado irrisório para uma sigla com a tradição do MDB.
De acordo com os críticos, Guimarães assumiu o comando do MDB no Tocantins com promessas ambiciosas: unir as diferentes alas do partido, recuperar o espaço político perdido ao longo dos anos e fortalecer a sigla no estado. No entanto, essas expectativas teriam sido substituídas por um projeto pessoal do deputado, que, na visão de seus opositores internos, estaria focado exclusivamente em pavimentar sua candidatura ao Senado Federal.
Entre os pontos levantados, está o suposto descaso de Guimarães com a estrutura partidária. Fontes ouvidas por Rodrigues afirmam que, desde que assumiu a liderança do MDB estadual, o deputado promoveu apenas uma reunião oficial, o que reforça a percepção de que sua gestão estaria mais voltada para interesses próprios do que para a coletividade da sigla. “Ele só vem trabalhando para garantir a sua pretensão política”, teria dito um dos emedebistas consultados pelo colunista.