O que dizer então dos empresários e pré-candidatos a prefeito de Gurupi? Ainda que o passado mostre que desde que Luiz Neiva (pela UDN), Deminio Matarollo (pelo MDB), Emerson Fonseca (pelo PDC), Lúcio Guimarães e Jaime Xavier (pelo PT) disputaram as eleições municipais, porém nenhum deles tiveram sucesso, não conseguindo assim, transportar a visão do mundo empresarial para a política no município de Gurupi. Nesta eleição três empresários, sendo dois ligados a entidade representativa do comércio buscam quebrar este paradigma.
por Wesley Silas
Desde que Gurupi foi emancipada no dia 14 de novembro de 1958, vários empresários participaram da disputa eleitoral com políticos de carreira, como são conhecidos. O primeiro foi o empresário no ramo de posto de combustível, Luiz Neiva (UDN), que perdeu a eleição para Chiquinho Santana (PSD) de Mauro Borges em 1961, depois Delminio Matarollo (MDB) do ramo do hotelaria, seguido por Vanquillho Estácio Leite (Arena) do ramo de papelaria, gráfica e joalheria, Emerson Fonseca (PDC) do rama de concessionárias de veículos e tratores, Davi Gouvêia, do ramo da comunicação, Lúcio Guimarães, do ramo de construção civil, Jaime Xavier (por duas vezes pelo PT) do ramo de cerâmica, Igue do Vale (PFL) do ramo da agropecuária, Raimundo Aimar do ramo farmacêutico sendo que mais tarde ele conseguiu se eleger a prefeito quando era presidente do MDB e por último o empresário e hoje governador Mauro Carlesse (pelo PV) perdeu as eleições para o atual prefeito, Laurez Moreira (PSB e hoje PSDB) numa eleição acirrada.
Este o histórico mostra que o empresário precisa ter atuação política antes da candidatura caso contrário fica complicado como mostra a retrospectivas e a entrada de vários nomes do mesmo segmentos divide votos como aconteceu na primeira eleição municipal quando Luiz Neiva rachou os votos com o contador Moacir Brito, dando a vitória para Francisco Henrique Santana.
Novos nomes e desafios
Vindo de um mundo competitivo que é o do empresarial onde o crescimento econômicos de muitos são em detrimentos de outros, os empresários de orientação liberam como Adailton Fonseca (PL) e ex-presidente da CDL e ACIG, Jovino Moura (PV) que também deixou a presidência da CDL para disputar a eleição e o empresário Marcelo Leão (PRB) buscam neste ano convencer o eleitorado gurupiense a seguir a lógica de discursos que o conhecimento e atitude praticadas em suas empresas podem ser aplicados na gestão pública.
Por outro lado, desde as eleições passada este pensamento com tempero liberal cresceu na política do Brasil e um dos resultados foi a eleição do governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM) e do presidente do Conselho de Administração do Grupo Zema, Romeu Zema, ao cargo de governador de Minas Gerais pelo Partido Novo. Neste mesmo tempo, outros empresário como o presidente da Havan, Luciano Hang se tornou um dos mais conhecido ativista político e chegou a ser cogitado a ser candidato a vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro (sem Partido).
‘Eu sempre me perguntava por que que os empresários não se engajam. E a política do Brasil acabou terceirizada nas mãos de pessoas incompetentes”, disse Zema em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.